Os congressistas da Câmara de Representantes dos EUA reelegeram o republicano Paul Ryan como presidente da casa, nesta terça-feira (3), o que faz dele um ator importante no Congresso às vésperas da posse de Donald Trump. Paul Ryan, 46, recebeu 239 votos, contra 189 para a democrata Nancy Pelosi. Cinco representantes votaram em outros nomes. Ele presidirá o 115º Congresso, que retomou as atividades a 17 dias da posse do novo presidente.
“Estou honrado”, tuitou Ryan, momentos depois do anúncio do resultado. Ele construiu boa parte de sua carreira no Congresso e foi vice na chapa de Mitt Romney na disputa pela Casa Branca em 2012, quando Barack Obama se reelegeu.
Em outubro de 2015, Ryan se tornou “porta-voz” de uma rebelião da ala ultraconservadora do partido. Agora, ao lado do líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, ele terá a responsabilidade de aplicar o enorme programa legislativo dos conservadores, em choque com a agenda de Obama.
Altos e baixos – Sua relação com Donald Trump teve altos e baixos. Na campanha eleitoral, ele se distanciou do candidato pela linguagem usada por ele, assim como por suas propostas, chamando muitas delas de “racistas”. O cenário mudou após a vitória do magnata nova-iorquino. Foi então que Ryan e Trump deixaram suas diferenças de lado, prometendo ampla colaboração.
Trump e os republicanos parecem convergir em um extenso roteiro que inclui, em particular, a revogação da reforma da Saúde preconizada pelo presidente, o chamado “Obamacare”, a construção de um muro (ou cerca) na fronteira com o México e a redução e simplificação dos impostos.
Os republicanos contam com uma maioria importante na Câmara (241 cadeiras contra 194 para os democratas) e no Senado (52 republicanos contra 48 democratas), o que será essencial para que Trump consiga avançar vários pontos da conservadora agenda de seu partido.