Compromisso de trabalhar pela paz, desenvolvimento e reforma da organização
Declarado hoje (12/12) o 9º e próximo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres prometeu recolocar o desenvolvimento no centro das atividades da Organização e garantir que a ONU possa mudar para efetivamente enfrentar os múltiplos desafios da comunidade internacional. O mandato de cinco anos começa no dia 1º de janeiro de 2017.
Declarado hoje o 9º e próximo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres prometeu recolocar o desenvolvimento no centro das atividades da Organização e garantir que a ONU possa mudar para efetivamente enfrentar os múltiplos desafios da comunidade internacional.
“A ONU precisa ser ágil, eficiente e eficaz. Deve focar mais na entrega e menos no processo; mais nas pessoas e menos na burocracia”, afirmou Guterres depois de prestar juramento durante cerimônia com os 193 países-membros reunidos na Assembleia Geral da ONU.
Guterres, que foi primeiro-ministro de Portugal (1995 a 2002) e alto-comissário da ONU para refugiados (2005-2015), substitui Ban Ki-moon, que deixa o cargo no fim do mês depois de liderar a Organização pelos últimos 10 anos.
“As Nações Unidas nasceram da guerra. Hoje devemos estar aqui pela paz”, acrescentou Guterres, lembrando que abordar as causas profundas que atravessam os três pilares da ONU – paz e segurança, desenvolvimento sustentável e direitos humanos – deve ser uma prioridade para a Organização.
Na cerimônia de hoje, a Assembleia Geral prestou um tributo ao secretário-geral Ban Ki-moon pela sua contribuição ao trabalho da ONU desde 1º de janeiro de 2006. O futuro secretário-geral lembrou diversas iniciativas de Ban, como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o comprometimento com a paz e a seguridade e o histórico Acordo de Paris.
Guterres foi formalmente apontado pela Assembleia Geral em 13 de outubro, depois de um processo histórico colocado em ação pelos Estados-membros no último ano: a seleção de um novo secretário-geral, tradicionalmente escolhido a portas fechadas por poucos países poderosos, pela primeira vez na história envolveu discussões públicas com cada candidato.