As cerimônias começaram no pôr do sol do dia 13/04, após soar uma sirene por um minuto. Durante o toque da sirene, os israelenses ficam em pé, em silêncio, em sinal de respeito pelos mortos. Todo israelense conhece alguém que perdeu um ente querido em alguma batalha. A homenagem relembra os soldados que morreram nos conflitos árabe-israelense e as vítimas de terrorismo.
O Chefe do Estado-Maior, Aviv Kohavi se pronunciou sobre a data e prometeu para as famílias enlutadas que as Forças de Defesa de Israel vão continuar a fazer todos os esforços possíveis para trazer de volta para casa, os prisioneiros e soldados desaparecidos em ação. “Continuaremos a lembrar, aprender e ensinar enquanto cumprimos nosso propósito – defender, preparar e vencer. Que a memória dos caídos seja uma bênção”, afirmou em nota para todas as missões diplomáticas israelenses no mundo.
A cerimônia do Yom Ha’azmaut começa no pôr do sol do dia 14 no Monte Hertzel em Jerusalém, liderada pela fala do porta-voz do Knesset. Cidadãos reconhecidos por sua importante contribuição para a sociedade são escolhidos para acender as 12 tochas da cerimônia, representando as 12 tribos de Israel. A cerimônia é seguida por vários shows e os israelenses tomam as ruas com festas, comida e música. No dia seguinte que é feriado nacional, comemoram com picnics, churrascos e com uma grande apresentação da esquadrilha de caças israelenses das Forças de Defesa Israelense.
Foi pelo rádio que o mundo soube que se iniciava uma nova etapa da história, quando o brasileiro Oswaldo Aranha, presidente daquela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), decretou que a maioria dos países aceitava, pela primeira vez, a formalização de Israel como um Estado. Segundo Aranha nada se faz sem a herança e sem a esperança, sem o peso do passado e sem o pensamento no futuro. “E isso é verdadeiro para os homens como para os povos. O equilíbrio desses fatores da evolução humana traz o progresso e o bem-estar das nações”.
A confirmação de um novo estado, de um lugar para todo um povo, foi feita em 1948, mas comemoramos e lutamos por ela diariamente. E lembramos a memória de todos que participaram dessa luta com amor. Este ano estamos enfrentamos uma pandemia juntos e nosso povo ainda tem muitos desafios para enfrentar contra os ataques dos Hamas, e muitas portas para abrir com vários parceiros e amigos pelo mundo.
Em nota, os israelenses agradecem ao povo brasileiro por sempre festejar junto e fazer parte dessa história. “O povo israelense vai voltar a comemorar a independência juntos nesse ano, depois de uma operação extensa de vacinação. E enfrentaram esse ano difícil, com a mesma solidariedade e otimismo com que ultrapassaram os desafios históricos e se esforçam diariamente por um futuro melhor. Desejamos que no próximo ano, estejamos juntos, para comemorar em liberdade e com saúde”, diz o texto divulgado pela Embaixada de Israel no Brasil.