O Embaixador Seyed Ali Saghaeyan aproveitou seu discurso para fazer um pequeno balanço das relações comerciais entre seu país e o Brasil. Ele disse esperar que as relações históricas e harmônicas bilaterais continuassem como no passado, ”baseadas no respeito mútuo e interesses comuns dos dois povos”. Saghaeyan destacou a consolidação da base do sistema de governo iraniano e garantiu que o país também avançou notadamente nas áreas econômicas, industriais, tecnológicas e científicas.
De acordo com o embaixador, um dos grandes objetivos do Irã “é usufruir dos seus altos potenciais nacionais e garantir oportunidades e experiências através das relações recíprocas com outros países”. Lembrou que o país mantem com o Brasil uma ligação de 117 anos. O Irã é um dos principais clientes de produtos agrícolas brasileiros: carne bovina, milho, soja, entre outros oleígenos. O volume comercial entre os dois países aumentou de US$ 400 milhões de dólares nos anos 90 para mais de US$ 3 bilhões em 2019.
Os embargos sofridos unilateralmente pelos Estados Unidos com a saída do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano também foram mencionados por Saghaeyan O embaixador garantiu que o Irã voltará a cumprir os compromissos assim que os embargos forem cessados e os interesses iranianos garantidos. “A União Européia teve o prazo de um ano para demonstrar seu papel histórico para a manutenção desse acordo dos 5+1”, lembrou.
Segundo Saghaeyan, apolítica externa do Irã, após a eliminação do domínio estrangeiro, graças à Revolução Islâmica, “baseou-se no princípio de rechaçar qualquer tipo de expansionismo e unilateralismo, sobre qualquer pretexto que seja”. A República Islâmica do Irã deseja desenvolver suas relações com todos os países amigos, sobretudo com os países vizinhos, potências regionais, sem permitir a influência dos assuntos regionais sobre as relações bilaterais. “A República Islâmica do Irã deseja paz e prosperidade a todos os países”, discursou.