Designer de moda alemão deu entrada em hospital em uma internação de urgência na segunda-feira (18), segundo a Purepeople
Por G1
Karl Lagerfeld, designer de moda alemão e um dos maiores ícones do mundo da moda, morreu na manhã desta terça-feira (19), em um hospital de Paris. Karl tinha 85 anos e, segundo a revista Purepeople, ele deu entrada em um hospital de Paris na segunda-feira (18) em uma internação de urgência. A causa da morte ainda não foi anunciada.
De acordo com a agência Reuters, uma fonte da Chanel confirmou a morte do designer, embora a empresa ainda não tenha feito nenhum comunicado oficial em suas redes sociais.
Segundo a publicação, a saúde de Karl já causava preocupações há algumas semanas. O diretor artístico da Chanel chegou a faltar em um dos desfiles da marca em janeiro. Em comunicado, a Chanel informou na ocasião que o motivo da ausência de Karl era “apenas cansaço”.
Lagerfeld começou seu trabalho na moda como freelance em 1964 para casa de moda francesa Chloé. Em 1970, também iniciou uma colaboração para a Curiel. Anos depois, entrou com um projeto ao lado da marca italiana Fendi. Na mesma época, também trabalhou como figurinista para produções teatrais. O designer de moda foi nomeado diretor artístico pelo conjunto de suas coleções de alta costura, prêt-à-porter e acessórios da casa Chanel em 1983.
Durante uma entrevista ao programa “Fantástico”, em 2013, Karl afirmou que “elegância não tem a ver só com roupas. Se você é uma pessoa elegante, você é elegante em jeans e camiseta. Se você não é, você fica vulgar em jeans e camiseta. É uma questão de atitude”.
Além de seu talento na moda, Karl também era conhecido por seu humor ácido. Em 2012, por exemplo, ao falar sobre a cantora Adele, ele citou: “Ela é um pouco gorda demais, mas tem um lindo rosto e uma voz divina”.
Em maio de 2018, o estilista alemão, que vivia em Paris, ameaçou abandonar a cidadania alemã e disse odiar Angela Merkel.
Polêmica no Oscar
Em 2017, a atriz Meryl Streep acusou o estilista Karl Lagerfeld de estragar sua noite do Oscar ao acusá-la falsamente de ser paga para usar um vestido no tapete vermelho. A afirmação de Streep foi em resposta à fala de Lagerfeld nesta semana de que a atriz de “A Escolha de Sofia” decidiu não usar um vestido da Chanel porque seria paga para vestir uma peça de outro desenhista.
“Essa história se disseminou em todo o mundo, e continua globalmente a ofuscar a minha participação no Oscar, no momento de quebra do meu recorde de 20ª indicação, para também diminuir esse feito aos olhos da mídia, dos colegas e da audiência”, disse Streep, de 67 anos, em comunicado.
Ela recusou um pedido de desculpas de Lagerfeld, que admitiu ter “entendido errado que a senhora Streep poderia ter escolhido outro estilista devido à remuneração” e disse que se arrependia pela polêmica.