Encontro ocorrerá no dia 7 de fevereiro, no Uruguai
A alta representante de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, anunciou neste domingo (3) a realização de uma reunião entre países europeus e latino-americanos sobre a crise na Venezuela.
O encontro foi agendado para o próximo dia 7, em Montevidéu, no Uruguai, e deve reunir ministros da França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, Bolívia, Costa Rica, Equador e o próprio Uruguai. O Brasil não está no grupo.
“O Uruguai e a União Europeia realizarão no dia 7 de fevereiro a reunião inaugural do Grupo de Contato Internacional sobre a Venezuela. Ocorrerá em Montevidéu, em nível ministerial’, informou Mogherini, em uma declaração conjunta com o presidente uruguaio, Tabaré Vazquez.
No último dia 31 de janeiro, a UE tinha decidido proceder, com alguns países da América Latina, com a criação de um grupo de contato internacional que tem o objetivo de criar condições para um processo político e pacífico na Venezuela. A reunião ocorre em um momento em que a UE e vários membros do bloco reconheceram a liderança do deputado Juan Guaidó como presidente autoproclamado da Venezuela, com a responsabilidade de convocar novas eleições.
Nações europeias, como a Alemanha e a França, também tinham dado um ultimato de oito dias ao presidente chavista Nicolás Maduro para iniciar diálogos e concordar com as novas eleições. O prazo terminou hoje. Uma das exceções dentro da UE é Itália, que está dividida sobre qual posição tomar em relação à Venezuela.
Enquanto o ministro do Interior, Matteo Salvini, do partido Liga Norte, apoia a saída de Maduro, o Movimento 5 Estrelas (M5S), maior base do governo, não quer reconhecer Guaidó. Ontem (2), novas manifestações ocorreram na Venezuela, a favor e contra Maduro, no aniversário de 20 anos do chavismo.
Nicolás Maduro recebe o apoio internacional da China e a da Rússia, além de controlar as Forças Armadas. No entanto, um general da Aeronáutica informou ontem que estava passando para o lado de Guaidó. Já Guaidó tem apoio popular e de nações como Estados Unidos, Canadá, Brasil e União Europeia. (ANSA)