[:pb]Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros promovem neste domingo e segunda (19 e 20 de junho) uma movimentada agenda cultural para celebrar o Dia Mundial do Refugiado em Brasília.
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Eventos incluem mostra de cinema, exibição de vídeos, gastronomia e exposição fotográfica, sempre permeadas por debates. A agenda movimentará dois importantes centros culturais da capital federal: o Cine Brasília e o Museu Nacional da República.
No domingo (19), a partir das 15h, acontecerá no Cine Brasília (EQS 106/107, Asa Sul) o Cine MigrArte, uma mostra de cinema e vídeo sobre refúgio e migração, com atividades musicais, artísticas e gastronômicas.
O evento promoverá a diversidade cultural que é trazida pelos refugiados e imigrantes ao contexto brasileiro, proporcionando uma imersão positiva na cultura dos refugiados e sugerindo reflexões sobre o que a sociedade pode fazer para lidar com a questão – cada vez mais evidente no Brasil e no mundo.
Realizado em parceria com o Coletivo REgeneration e a produtora Hiperespaço, o Cine MigrArte exibirá uma seleção dos melhores vídeos produzidos para o “Festival do Minuto Refugiados 2016”, lançará o documentário “A Linguagem do Coração” e exibirá a animação “Morte e Vida Severina”, versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto.
O evento promoverá ainda o debate “Diluindo Tabus” para discutir dúvidas e questionamentos polêmicos acerca das migrações e do refúgio. Participam do debate o professor do Observatório de Migrações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Leonardo Cavalcante, a jornalista e Mestre em Antropologia Maria Ileana e o Defensor Público Eduardo Nunes de Queiroz.
Os ingressos para o CineMigrArte são limitados e podem ser retirados gratuitamente no site https://www.sympla.com.br/cine-migrarte__70457
No dia 20 de junho (segunda-feira), data oficial do Dia Mundial do Refugiado, será inaugurada a exposição fotográfica “Vidas Refugiadas” no Museu Nacional da República, às 19h. Idealizada pela advogada Gabriela Ferraz e com imagens do fotógrafo Victor Moriyama, a exposição faz um recorte de gênero e refúgio para revelar as necessidades, os dilemas e as conquistas das mulheres retratadas – e apresentar ao público uma oportunidade de reflexão sobre a adaptação das refugiadas à vida no Brasil.
No lançamento da exposição, haverá um debate com a presença da nova representante do ACNUR no Brasil, a espanhola Isabel Marques; da coordenadora-geral do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), Maria Beatriz Nogueira; e de duas mulheres retratadas na exposição: a nigeriana Nkechinyere Jonathan e a cubana Maria Ileana Faguaga Iglesias.
De acordo com dados do CONARE, as mulheres representam cerca de 30% dos 8.863 refugiados reconhecidos no Brasil. Em todo o mundo, mais de 60 milhões de pessoas encontram-se fora dos seus locais de origem por causa de guerras, conflitos e perseguições.
Deste total, mais de 20 milhões de pessoas são refugiadas – cruzaram uma fronteira internacional em busca de proteção. O perfil completo da população refugiada no Brasil está disponível em http://bit.ly/1WnP12M.
Diversas cidades celebram a data. Brasília largou na frente: no último sábado (11), um evento festivo reuniu refugiados, imigrantes, educadores e profissionais da área humanitária na Universidade Católica de Brasília, na capital federal. O encontro foi promovido pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) – entidade parceira do ACNUR. Porto Alegre, Curitiba, Rio e São Paulo são algumas das cidades com atividades neste ano (confira aqui).
Sobre o Dia Mundial do Refugiado
Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado do dia 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para celebrar a coragem, a resistência e a força de todos os homens, mulheres e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro. Acompanhe em www.acnur.org.br[:]