Redação Reuters
O vice-presidente dos Estados Unidos visita os dois países no final de junho, em viagem para fortalecer os laços com os países que enfrentam um número crescente de refugiados que fogem da crise na Venezuela, disse sua porta-voz nesta segunda-feira.
Inicialmente, Mike Pence planejava viajar ao Brasil em maio, mas adiou a viagem por causa do intenso foco da Casa Branca nas negociações com o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Pence deve anunciar formalmente a viagem – com a nova escala no Equador – em uma recepção na Casa Branca aos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) na noite de segunda-feira. As datas e cidades precisas da viagem não estavam imediatamente disponíveis.
As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela se intensificaram desde que Washington se recusou a reconhecer a reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em 20 de maio. Ambos os países expulsaram os diplomatas da nação rival.
Desde a eleição, Maduro começou a libertar opositores presos no ano passado depois de protestos contra o governo, e pediu negociações internacionais. O missionário norte-americano Josh Holt, que foi mantido sob custódia sem julgamento desde 2016, estava entre os prisioneiros libertados.
O objetivo de Pence é “fortalecer a segurança regional com nossos aliados no hemisfério ameaçados pelo aprofundamento da crise humanitária, política, diplomática e econômica causada pelo desgoverno grosseiro do regime de Maduro”, disse sua porta-voz, Alyssa Farah.
Os Estados Unidos querem que a OEA suspenda a Venezuela do grupo e aumente as sanções econômicas ao governo de Maduro. A OEA se reunirá em Washington nesta semana.
Em trechos do discurso de Pence, divulgados pela Casa Branca, ele fez um apelo aos membros da OEA para votarem pela suspensão da Venezuela.
“Na Venezuela, o regime de Nicolás Maduro transformou uma nação livre e próspera em uma das mais pobres e despóticas do hemisfério – e a outrora grande Venezuela é agora um Estado falido”, disse Pence, segundo o trecho.
O presidente Donald Trump, que impôs sanções econômicas a venezuelanos ligados a Maduro, vem considerando, mas até agora não optou por impor sanções a serviços relacionados a embarques de petróleo do país membro da Opep.