Por Jeff Mason e David Lawder
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que irá se reunir em breve com o presidente da China, Xi Jinping, para tentar firmar um abrangente acordo comercial, à medida que o principal negociador de comércio dos EUA relatou “progresso substancial” em dois dias de negociações de alto escalão.
Em pronunciamento na Casa Branca durante reunião com o vice-premiê da China, Liu He, Trump disse estar otimista de que as duas maiores economias do mundo podem alcançar “o maior acordo já feito”.
Nenhum plano específico para uma reunião com Xi foi anunciado, mas o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, liderarão um time de negociação dos EUA que irá a Pequim no início de fevereiro.
Delegações chinesas e norte-americanas realizaram o segundo de dois dias de negociações na capital dos EUA. “Acho que nós fizemos um progresso tremendo. Isso não quer dizer que vocês vão ter um acordo”, acrescentou Trump, citando “um tremendo relacionamento e um sentimento caloroso”.
Lighthizer disse que há muito trabalho a ser feito para chegar a um acordo, mas citou um “progresso substancial” alcançado nas conversas que focaram em questões como a proteção da propriedade intelectual norte-americana, transferências forçadas de tecnologia, agricultura e “aplicação da lei, aplicação da lei, aplicação da lei”.
“Nesse momento, é impossível para mim predizer o sucesso. Mas, estamos em um ponto em que se as coisas derem certo, pode acontecer”, acrescentou Lighthizer.
Trump disse que não acha que será necessário prorrogar o prazo de 1º de março, quando tarifas norte-americanas sobre bens chineses podem ser elevadas se um acordo não for firmado. “Eu acho que quando o presidente Xi e eu nos encontrarmos, todos os pontos serão acertados”, acrescentou Trump.
O presidente norte-americano tem ameaçado elevar as tarifas impostas sobre 200 bilhões de bens chineses de 10 por cento para 25 por cento no dia 2 de março se um acordo não for alcançado, além de impor novas tarifas sobre o restante dos produtos chineses exportados para os Estados Unidos.
“Isso não vai ser um acordo pequeno com a China. Isso vai ser um acordo muito grande, ou vai ser um acordo que nós simplesmente vamos adiar um pouco”, disse Trump, que tem se envolvido em uma série de disputas com diversos parceiros comerciais desde que assumiu a Presidência em 2017.