Em meio a tensão comercial entre os dois países, Trump pediu a investigação das aquisições de ativos no país por parte de investidores estrangeiros
Agência EFE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira um plano para restringir os investimentos chineses em companhias tecnológicas americanas com o objetivo de combater o roubo de propriedade intelectual.
“Determinados países dirigem e facilitam o investimento sistemático em empresas e ativos dos EUA para obter tecnologias de vanguarda e propriedade intelectual em indústrias que esses países consideram importantes”, afirmou Trump em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Segundo a nota, o presidente americano ordenou ao Departamento do Tesouro que investigue através do Comitê de Investimento Estrangeiro do Congresso as aquisições de ativos no país por parte de investidores estrangeiros e proponha as “medidas apropriadas para abordar estas preocupações”.
O governo dos EUA reivindicou ao Congresso que modernize uma legislação existente, a Lei de Modernização da Revisão do Risco de Investimento Estrangeiro (FIRRMA, na sigla em inglês), para melhorar a proteção do país em relação às “ameaças novas e em transformação trazidas pelo investimento estrangeiro”.
Segundo a Casa Branca, esta versão melhorada da FIRRMA proporcionará ferramentas adicionais ao governo de Trump para combater as práticas de investimento que ameaçam a liderança tecnológica americana, sua segurança nacional e prosperidade econômica futura.
Caso o Congresso não aprove uma “sólida” FIRRMA, Trump alertou que exigirá ao seu governo que implemente novas ferramentas para lutar contra investimentos estrangeiros prejudiciais à tecnologia dos EUA.
Este anúncio conteve as especulações sobre um suposto enfoque mais agressivo de Washington contra os investimentos chineses, como foi apontado pelo “The Wall Street Journal”, que citava fontes familiarizadas com esse hipotético projeto.
Nos últimos meses, Pequim e Washington ficaram em alerta quanto a uma temida guerra comercial entre as duas potências econômicas por ambos os países imporem medidas tarifárias de grande magnitude contra seus produtos.
A crise começou em março, quando o governo de Trump anunciou tarifas sobre as importações de aço e alumínio chineses no valor de US$ 50 bilhões, uma ação à qual a China respondeu com encargos a 128 produtos americanos.