Grande parte do país está em estado de alerta devido à confluência de ventos forte, chuvas torrenciais e marés altas
Notícias ao Minuto Brasil
O mau tempo que atinge a Itália desde domingo (28) fez três mortos e causou o encerramento de muitas escolas nesta segunda-feira (29). Em Veneza, a água atingiu um nível histórico.
Duas pessoas morreram na região de Roma quando uma árvore caiu sobre o veículo em que se encontravam. A terceira vítima fatal também morreu devido à queda de uma árvore em uma rua da região de Nápoles.
Uma grande parte de Itália está em estado de alerta devido à confluência de ventos forte, chuvas torrenciais e marés altas.
Em Veneza, a água atingiu, na tarde desta segunda, um pico de 156 centímetros. Neste nível, as passarelas de madeira usadas para a circulação de pessoas em caso de inundação já não são seguros.
A famosa praça de São Marcos também ficou inacessível aos turistas.
No domingo (28), a inundação tinha obrigado a cidade a alterar o trajeto de uma maratona, que, mesmo assim, terminou em uma região levemente alagada.
Esta é a sexta vez na história recente da cidade que a água ultrapassa os 150 centímetros: ela atingiu 151 centímetros em 1951, 166 em 1979, 159 em 1986, 156 em 2008 e um recorde de 194 centímetros em novembro de 1966.
Além de Veneza, quase toda a Itália está em alerta: vermelho no norte (Ligúria, Lombardia, Vêneto, Friul-Veneza Júlia, Trentino) e nos Abruzos (centros), e laranja em boa parte do resto da península e na Sicília.
Todas as escolas de Vêneto foram encerradas, tal como as de Roma, Gênova (noroeste), Messina (Sicília) e de muitas cidades do Piemonte e da Toscana.
No nordeste, rajadas de vento de até 100 quilômetros por hora nas áreas costeiras e 150 quilômetros por hora na montanha são esperados na noite desta segunda, com um total de precipitação em alguns dias equivalente ao volume de vários meses.
Algumas zonas montanhosas do norte de Vêneto já ultrapassaram os 400 milímetros de chuva acumulada desde sábado, e os serviços meteorológicos preveem mais chuva forte.
“Estamos preocupados, porque a situação é análoga, ou talvez pior, àquela que Vêneto viveu [nas grandes inundações] de 1966 e 2010. Os terrenos já estão saturados de água, os rios têm um caudal elevado e, por causa do siroco (vento quente, muito seco, que sopra do deserto do Saara), o mar não absorve”, explicou Luca Zaia, presidente da região de Vêneto.
No sul, um tornado atravessou a província de Brindisi no domingo, devastando os campos, arrancando oliveiras pela raiz e cobrindo a região com azeitonas.