Combate à pandemia, mais vacinas para evitar mortes no Brasil por covid-19, medidas necessárias para a ratificação do Acordo Mercosul-União Europeia e iniciativas para conter o desmatamento na Amazônia. Estes foram os temas debatidos hoje pela manhã em reunião virtual da senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, com o coletivo de embaixadores de estados-membros da União Europeia.
Com a presença de 23 representantes de missões diplomáticas, dentre os quais 21 embaixadores, Kátia Abreu fez um clamor pedindo o apoio dos países europeus ao pedido que o Brasil, por meio do Congresso Nacional, apresentou à Organização Mundial de Saúde – OMS, para rever os critérios de alocação de vacinas no consórcio internacional Covax Facility.
Hoje, os critérios para distribuição de vacinas pelo Covax Facility são população e renda do país demandante. A senadora defendeu, no entanto, que sejam igualmente levados em conta os critérios de risco sanitário e de gravidade da incidência local da pandemia. Perante a gravidade da situação brasileira, em que novos casos e número de óbitos encontram-se em franca ascensão, e considerando os riscos do surgimento de novas cepas do vírus e da difusão dessas cepas por países vizinhos, Kátia Abreu advoga em prol da revisão das prioridades do consórcio.
“A vida só vale a pena quando nos pautamos pelos valores da solidariedade e do amor ao próximo”, clamou a senadora. “O Brasil cometeu erros graves, mas estamos em situação muito difícil”, agregou, solicitando a ajuda dos países europeus, “dependemos da comunidade internacional para salvar vidas. A senadora argumentou que o Brasil, com 211 milhões de habitantes, é responsável hoje por 11% das mortes por Covid no mundo e o índice de vacinação não chega a 10% da população. Sem contar que as primeiras remessas de insumos farmacêuticos ativos (IFA) vindas do exterior, e indispensáveis para a produção de vacinas no Brasil, já praticamente se esgotaram, sem previsão da chegada de novas encomendas.
A senadora Kátia Abreu reiterou que dará novo fôlego à diplomacia parlamentar no comando da Comissão de Relações Exteriores. Destacou ainda que os novos titulares dos ministérios da Saúde e do Itamaraty estão se movendo no sentido da normalidade e disse não haver outro caminho para o Ministério do Meio Ambiente. “Se todos no mundo estão marchando numa direção, não faz sentido marchar na direção contrária”, disse Kátia Abreu. Suas palavras foram recebidas com grande satisfação pelo organizador da reunião, Embaixador Ignácio Ibañez, representante da União Europeia no Brasil e pelos demais representantes europeus.