Por João Matos (RFI)
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou hoje que o acordo de divórcio concluído com a União europeia era o “único possível” no encerramento da cimeira europeia, em Bruxelas, que validou o Brexit. Há que respeitar a “escolha de um povo soberano”, disse, por seu lado, o presidente francês, Macron.
Terminou em Bruxelas a cimeira especial dos 27 membros da União europeia com a validação do acordo de saída da instituição europeia do Reino Unido.
“O conselho europeu aprovou o acordo de retirada do Reino unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte da União europeia e da Comunidade europeia de energia atómica”, escreveram os 27 no documento final da cimeira. “Um dia prenhe de gravidade, disse o Presidente francês, Macron, sublinhando que foi uma “escolha de um povo soberano”.
Por seu lado, para Jean-Claude Juncker, viveu-se “um momento trágico da história europeia, mas o acordo que estava em cima da mesa era o único possível.
Agora temos que trabalhar para que a relação entre Bruxelas e Londres seja a mais “próxima possível”, sublinhou, o presidente da comissão europeia.
“É um acordo para um futuro melhor”, declarou, por sua vez, a primeira-ministra britânica, Theresa May.
“Se as pessoas pensam que ainda se pode negociar, não é o caso. É o acordo que está em cima da mesa, é o melhor acordo possível, o único possível”, sublinhou Theresa May, enviando umas farpas, a Jean-Claude Juncker.
Entra-se agora num processo de validação parlamentar do divórcio entre o Reino Unido e a UE, nomeadamente, na câmara dos comuns, com os deputados britânicos a pronunciar-se, em dezembro, enquanto os euro-deputados votarão o acordo, em fevereiro ou março do próximo ano.