Don Graves (esq.), subsecretário de Comércio dos EUA, e o embaixador Sarquis José Sarquis, secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty, discutiram alternativas para fertilizantes vindos da Rússia.
Nessa quinta-feira (19), o secretário adjunto de Comércio dos Estados Unidos, Don Graves, concluiu sua primeira viagem oficial ao Brasil. Entre os dias 15 e 19 de maio, o secretário adjunto liderou a maior missão comercial à América do Sul desde o início da pandemia para avançar nas prioridades-chave da administração Biden-Harris e do Departamento de Comércio, por meio de uma série de compromissos com o governo brasileiro e setor privado.
O secretário adjunto Graves liderou 67 empresas norte-americanas – deste total, 83% são pequenas e médias empresas a São Paulo para o início da Missão Comercial da América do Sul em 2022. Em São Paulo, ele abriu a Missão Comercial e facilitou um diálogo com o setor privado sobre a iniciativa de infraestrutura global lançada pelo presidente Biden e parceiros do G7 em 2021. Ele também se reuniu com os principais representantes da indústria, incluindo Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e os membros da Câmara Americana de Comércio no Brasil, onde enfatizou a importância do relacionamento econômico e comercial entre Brasil-EUA e buscou sugestões sobre como o os dois países podem colaborar para melhorar o ambiente de negócios e comércio.
Em sua reunião com membros da AmCham Brasil, o secretário adjunto lançou o novo Plano Climático da ITA para cooperação com o Brasil, que busca abordar a crise climática por meio da cooperação política e da promoção comercial. Graves também participou de uma mesa-redonda com startups tech para discutir oportunidades para essas empresas brasileiras explorarem oportunidades nos EUA por meio do programa SelectUSA, do Departamento de Comércio.
Em Brasília, o secretário adjunto reuniu-se com representantes dos Ministérios da Economia, Relações Exteriores, Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação, e Casa Civil para discutir o Fórum de CEOs Brasil-EUA e as principais prioridades de política da Administração Biden e do Departamento de Comércio. Em suas reuniões, o secretário adjunto discutiu os progressos alcançados na facilitação do comércio, as boas práticas regulatórias e a implementação do Acordo de Comércio e Cooperação Econômica antes do próximo Diálogo Comercial Brasil-EUA, previsto para julho deste ano.
Grave expressou interesse em estabelecer uma parceria com o governo do Brasil para identificar as necessidades de infraestrutura digital que poderiam ser atendidas pela Iniciativa de Infraestrutura da Administração Biden. Ele também parabenizou seus homólogos pelo sucesso do leilão de 5G e expressou interesse em trabalhar com eles para garantir que as redes do país sejam seguras, protegidas e interoperáveis.
Enquanto se reuniam com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o secretário adjunto, ministro Paulo Alvim, e Osvaldo Moraes, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta Precoce de Desastres Naturais (CEMADEN), assinaram um Memorando de Entendimento entre a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e o CEMADEN sobre cooperação no monitoramento e alerta precoce de secas. As duas entidades pretendem trabalhar juntas para melhorar o entendimento científico sobre a seca e seus impactos e desenvolver um sistema operacional de alerta precoce de seca no Brasil. Espera-se que essa colaboração aumente e maximize as capacidades de ambos os países nessas áreas, incentive esforços conjuntos para resolver problemas comuns e promova a compatibilidade dos dados.
“Esta viagem ao Brasil exemplifica a importância que o Governo dos EUA, a Administração Biden-Harris, e especialmente todos nós do Departamento de Comércio, atribuímos ao relacionamento econômico e comercial Brasil-EUA”, disse o secretário adjunto Graves. “Apreciei a oportunidade de apoiar os exportadores norte-americanos, ouvir de meus colegas brasileiros e me encontrar com a comunidade empresarial. Ao longo dessa viagem, reuni muitas contribuições valiosas sobre o que o Comércio pode fazer para fortalecer os laços e levar nosso relacionamento a novos patamares”.