“Estamos tentando estabelecer a cooperação com todos os países, inclusive o Brasil, neste sentido, que é um parceiro estratégico muito importante, membro dos Brics, e esperamos e temos todos os fundamentos para acreditar que essa cooperação vai dar certo. A política do governo da Rússia consiste que todos os países devem unir esforços conjuntos para elaborar medicamentos e vacinas eficazes para combater essa doença Covid-19”, anunciou Sergey Akopov.
Desta forma, o diplomata assinou nesta quarta-feira (12), por videoconferência, um convênio com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, para produção da vacina Sputnik V. O governo paranaense vinha discutindo parceria com a Rússia desde julho.
A assinatura do termo foi realizada um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, divulgar a vacina como a primeira registrada no mundo. A Bahia, governada por Rui Costa (PT), além de outros estados do Nordeste também negociam a imunização com os russos.
A vacina russa é questionada pela comunidade internacional porque ainda não há informações sobre a eficácia. O site oficial sobre a pesquisa afirma que, no dia 1° de agosto, os testes de fase 1 e 2 foram concluídos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que sejam realizadas três etapas de teste.
O gerente-geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, explica as avaliações que devem ser realizadas pela Anvisa antes dessas vacinas serem aplicadas na população brasileira.
Representantes do Ministério da Saúde também acompanharam a reunião. Para que os testes da fase 3 da vacina sejam realizados no Paraná é preciso autorização da Anvisa. Autoridades do estado dizem que a vacina pode estar disponível para a população a partir do primeiro semestre de 2021.
Atualmente, três vacinas contra o novo coronavírus que estão em estágios mais avançados de pesquisa são testadas no Brasil. Duas são de laboratórios chineses e a terceira da Universidade de Oxford, na Inglaterra.