O presidente assinalou que “não há nenhum problema” em sua decisão de dissolver o Congresso ser vista no tribunal constitucional. “Respeitemos a competência de todas as instituições. De forma que, se em algum momento houver uma opinião do Tribunal Constitucional sobre este ou qualquer outro tema, iremos repeitá-la”, assinalou.
Vizcarra também colocou panos quentes nas versões da oposição que apontam que seu governo caminha para um “comunismo vizcarrista” e que suas ações se assemelham a um “castrochavismo”, garantindo que incentiva e respeita o investimento privado.
“A política econômica do governo se sustenta em promover o investimento privado com regras claras, sempre pedindo sustentação ambiental e social”, assinalou. “Temos a confiança do empresariado, que segue confiando no Peru (…) Não falo apenas em grandes empresas, mas também nas pequenas.”
Em 30 de setembro, o presidente dissolveu o Congresso, invocando suas faculdades constitucionais, a fim de acabar com os choques de poderes recorrentes e obstruções da maioria fujimorista, criticada, ainda, por amparar funcionários e magistrados investigados por corrupção. A medida teve o apoio de 89,5% dos peruanos, segundo uma pesquisa da empresa CPI.
Vizcarra substituiu na presidência o banqueiro Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), que renunciou por causa do escândalo de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht.
O presidente ganhou popularidade ao promover uma cruzada contra a corrupção em um país onde os quatro chefes de Estado anteriores foram acusados de receber dinheiro da Odebrecht.