Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, é acusado de receber milhões de dólares em troca de contratos quando era ministro da Economia.
Um dia antes de o Congresso Nacional peruano votar um novo pedido de impeachment, o presidente da República renunciou ao cargo.Pedro Pablo Kuczynski, PPK, como é conhecido, anunciou a renúncia em rede nacional. Declarou: “diante da difícil situação que se instalou, o melhor para o país é que eu renuncie, não quero ser um estorvo para a nação”.
E assim o fez, um dia antes de o Congresso, de maioria fujimorista, votar um segundo pedido de impeachment contra ele. Kuczynski é acusado de receber para suas empresas, milhões de dólares da construtora Odebrecht, em troca de contratos quando era ministro no governo de Alejandro Toledo, entre 2001 e 2006.
A gota d’água foi a divulgação de vídeos de uma suposta compra de votos, em dezembro de 2017, quando PPK sobreviveu ao primeiro pedido de impeachment. Quem negocia em nome de Kuczynski é Kenji Fujimori, filho do ex-ditador Alberto Fujimori, que, por coincidência, recebeu indulto, logo depois.
E quem divulgou os vídeos foi Keiko Fujimori, a outra filha do ditador, derrotada por PPK, na disputa presidencial.Ex-banqueiro, de 79 anos, Kuczynski, governou o Peru por apenas um ano e sete meses. Em seu lugar, assume o primeiro vice, atual embaixador no Canadá, Martin Vizcarra. Essa transição se dá a poucas semanas da Cúpula das Américas, em Lima, que deverá reunir mandatários da região, entre eles, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.