Secretário de Estado norte-americano se reuniu com o presidente da Colômbia neste domingo. Encontro ocorreu em cidade que fica na fronteira em Colômbia e Venezuela
Por France Presse
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu neste domingo (14) ao governo de Nicolás Maduro que abra a fronteira com a Colômbia para que seja dada ajuda aos venezuelanos atingidos pela grave crise econômica durante uma visita a Cúcuta, cidade localizada na fronteira da Colômbia com a Venezuela.
“Maduro, abra essas pontes, abra essas fronteiras, você pode acabar com isso hoje”, disse o secretário de Estado dos EUA em um comunicado à imprensa, com um intérprete, na companhia do presidente colombiano, Iván Duque.
Pompeo enviou uma nova mensagem de condenação ao governo de Chávez, depois de visitar uma das pontes que liga os dois países. O governo de Maduro ordenou no dia 22 de fevereiro deste ano que a passagem pelas quatro pontes que ligam a Venezuela à cidade colombiana de Cúcuta fosse fechada.
O presidente tomou a decisão às vésperas de uma operação frustrada com a qual o opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, pretendia entrar no país com a ajuda básica doada por Washington e seus aliados.
Maduro, que na quarta-feira anunciou um acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para receber “ajuda humanitária”, se opôs à operação liderada por Guaidó por considerá-la pretexto para uma invasão militar dos EUA na Venezuela, país com o maior reservas de petróleo no mundo.
No final de uma viagem por Chile, Paraguai e Peru, com escala de horas em Cúcuta, Pompeo insistiu em exigir a saída de Maduro do poder diante do “horror e tragédia” que atingem os venezuelanos, castigados pela pior crise econômica vivida pelo país sul-americano nos tempos modernos.
“Os Estados Unidos continuarão utilizando todos os meios políticos e econômicos à nossa disposição para ajudar os venezuelanos”, disse Pompeo, referindo-se às sanções por meio das quais a Casa Branca pretende sufocar Maduro. “A usurpação de Madura tem que terminar”, enfatizou Pompeo.