A Marinha da China ordenou a saída das embarcações e as expulsou da região, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua
Agência France-Presse
O governo de Pequim expressou descontentamento com a presença de navios de guerra americanos após um incidente no domingo no Mar da China meridional, uma zona em disputa entre vários países.
Em um comunicado, o porta-voz da diplomacia chinesa, Lu Kang, informou que dois navios americanos, o destróier “Higgins” e o cruzeiro “Antietam”, se aproximaram do arquipélago das Paracels (Xisha em chinês), grupo de ilhas reivindicado pela China.
A Marinha da China ordenou a saída das embarcações e as expulsou da região, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
A Marinha dos Estados Unidos realiza com frequência operações denominadas “liberdade de navegação” no Mar da China meridional, onde Pequim constrói instalações militares em pequenas ilhas artificiais para reafirmar suas reivindicações territoriais. Quase um terço do comércio mundial passa por esta região estratégica.
Pequim reivindica na prática a totalidade do Mar da China meridional, apesar de uma arbitragem internacional de 2016 contra o país. Diferentes partes da região são reivindicadas por Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan. “A China pede com veemência aos Estados Unidos o fim imediato deste tipo de provocação que viola a soberania da China e ameaça sua segurança”, afirmou Lu.
O incidente aconteceu poucos dias depois do exército chinês ter organizado, em 18 de maio, movimentos de bombardeios a partir de uma das ilhas Paracels, o que provocou protestos dos Estados Unidos, Filipinas e Vietnã.
Pequim transportou, no início de maio, mísseis até o arquipélago das ilhas Spratleys, ao sul da Paracels, de acordo com o canal de TV americano CNBC, que citou fontes próximas aos serviços de inteligência.