A informação sobre o acordo que sela a saída do Reino Unido da União Europeia é da emissora pública britânica “BBC”
Por EFE
A Câmara dos Comuns do Reino Unido votará sobre o acordo proposto pelo governo para o Brexit, a saída da União Europeia (UE), no próximo dia 15 de janeiro, informou nesta segunda-feira a emissora pública britânica “BBC”, que cita fontes governamentais.
Os deputados retomarão nesta quarta-feira o debate sobre o tratado pactuado com Bruxelas, que foi interrompido quando a primeira-ministra, Theresa May, cancelou uma primeira votação prevista para o último dia 11 de dezembro por falta de apoios.
A expectativa é que a chefe do governo detalhe se conseguiu “esclarecimentos” da UE ao texto que facilitem sua aprovação nos Comuns, onde a líder conservadora não conta com maioria absoluta e enfrenta a oposição de parte de seu partido e dos seus parceiros parlamentares do norte-irlandês Partido Democrático Unionista (DUP).
A UE já advertiu que não pensa em mudar o tratado negociado, embora tenha se mostrado disposta a fazer “esclarecimentos” sobre seu conteúdo, em particular a polêmica cláusula de segurança para evitar uma fronteira na ilha da Irlanda, que seria aplicada se não houver um acordo comercial bilateral ao fim do período de transição posterior ao Brexit.
Segundo a “BBC”, as garantias que May pode ter conseguido incluiriam minimizar as diferenças normativas entre a província britânica da Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido no caso de aplicação da cláusula e mais poderes para o parlamento autônomo sobre a gestão da mesma.
Também poderia ser contemplada a permissão à Câmara da Comuns britânica para votar antes que se aplique tal plano de contingência, e que possa também decidir retirar-se unilateralmente.
May está imersa em uma campanha contra o relógio para obter apoios ao seu pacto, e hoje e quarta-feira receberá na sua residência oficial os deputados do seu partido e um grupo de parlamentares que lhe escreveu uma carta pedindo que descarte um Brexit duro.
Além disso, ontem advertiu que rejeitar o acordo que propõe colocará o Reino Unido em um “território inexplorado” e disse que poderia perigar a própria saída do bloco europeu, prevista para 29 de março.