O candidato indicado por separatistas está preso em Madri
O chefe do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, adiou mais uma vez, sem data definida, a cerimônia de posse do separatista Jordi Sànchez como novo presidente da comunidade autônoma, que estava marcada para a próxima segunda-feira (12).
O objetivo da decisão é aguardar o julgamento do recurso que Sànchez, que está preso há quatro meses em Madri por “rebelião”, depositará no mesmo dia no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Na última sexta (9), o juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo da Espanha, havia negado um habeas corpus impetrado pela defesa do separatista, indicado para presidir a Catalunha pelo líder deposto Carles Puigdemont, que não conseguiu tomar posse na região e está em autoexílio na Bélgica.
Os partidos separatistas possuem a maioria dos assentos no Parlamento catalão, sendo que, entre eles, a lista Juntos pela Catalunha, encabeçada por Puigdemont, foi a mais votada em dezembro. Tanto ele quanto Sànchez são acusados de “rebelião” no processo de independência da comunidade autônoma e nas manifestações secessionistas realizadas no ano passado.
A região chegou a declarar sua independência de forma unilateral, mas a Espanha interviu no governo da Catalunha, suspendeu sua autonomia e convocou eleições antecipadas, quando esperava uma derrota dos separatistas.O pedido de liberdade de Sànchez pelo juiz Llarena foi negado com o argumento de que há risco de “reiteração delitiva”. (ANSA)