O ministro Carlos França acompanhou a segunda visita do presidente ao Catar, considerado feito inédito que demonstra a importância do relacionamento bilateral. Eles Conversaram sobre formas de aprofundar a cooperação bilateral em áreas já estabelecidas como diálogo político e relações econômicas e de abrir novas frentes de cooperação como Ciência e Tecnologia e Educação.
A área de Defesa, em que há tradicional relacionamento, mereceu especial atenção. Há, ainda, considerável potencial inexplorado na área, que deverá ser concretizado por meio de iniciativas conjuntas comerciais e de pesquisa e desenvolvimento.
O Presidente congratulou o Emir do Catar pela realização da Copa do Mundo em 2022 e visitou o estádio de Lusail, onde se encontrou com o Presidente da FIFA, Gianni.“Nós, brasileiros, agradecemos Sua Alteza pela gentileza, carinho e consideração. Os laços entre nossas nações certamente crescerão a cada dia. Brasil e Catar cada vez mais unidos!” foram as palavras do Presidente Jair Bolsonaro ao chegar ao país.
Hidrogênio verde – O ministro Carlos França apresentou a possibilidade a governantes do Oriente Médio. O combustível é uma opção de energia renovável. Nas conversas com o governo do Catar, o chanceler apresentou a possibilidade de produção de hidrogênio verde no Nordeste brasileiro. O combustível, produzido a partir da geração de energia elétrica renovável, é visto por europeus como ideal para substituir o petróleo.
A proposta foi feita ao chanceler do Catar, o principal responsável pelo fundo soberano de investimentos do país do Oriente Médio. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também estava presente ao encontro.
Carlos França explicou que “trata-se de projeto para industrializar o Nordeste, gerar empregos verdes e criar uma linha de fornecimento do combustível eleito por países da Europa (Alemanha, França) para a transição energética, que é o hidrogênio produzido a partir de fonte solar e eólica”.
Na avaliação das pessoas que conduzem a apresentação dos projetos, os cataris disseram que não gostam de investir nos chamados Projetos Greenfield, em que ainda não existe infraestrutura para suportar a proposta, mas o país é, por exemplo, um dos acionistas da Siemens, empresa que detém tecnologia para produção do hidrogênio verde e pode ser um parceiro estratégico.
Com a parceria para a produção do hidrogênio, o ministro das Relações Exteriores tem dois objetivos: “Estou convencido de que o investimento em hidrogênio verde na Costa do Nordeste trará muito benefício ao Brasil e ajudará no diálogo do nosso país com a Europa sobre meio ambiente”, explicou Carlos França.