A Assembleia Geralda Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não terá presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o escritório do premiê israelense nesta quarta-feira (18).
De acordo com assessores de Netanyahu, ele não comparecerá à Assembleia devido aos primeiros resultados da eleição geral de terça-feira.
A apuração preliminar dos votos mostra o Likud, partido do atual premiê, tecnicamente empatado com o Azul e Branco, do opositor Benny Gantz. Para que um dos dois grupos chegue ao poder, será preciso formar coalizão para obter a maioria de 61 assentos no Parlamento – algo que só deve ser definido nos próximos dias.
O evento começou na terça-feira, mas os principais discursos de líderes mundiais estão previstos para a próxima semana.
Tradicionalmente, o presidente brasileiro é o primeiro a discursar. No entanto, segundo o porta-voz da Presidência, a ida de Jair Bolsonaro ao evento dependerá de avaliação médica – Bolsonaro passou por nova cirurgia na semana passada para tratar de uma hérnia.
Irã também pode desfalcar assembleia
A Assembleia Geral da ONU também pode não ter a presença do presidente do Irã, Hassan Rohani – principal inimigo geopolítico de Netanyahu – por falta de visto de entrada nos Estados Unidos.
De acordo com a agência oficial iraniana Irna, a delegação que acompanharia o presidente não conseguiu deixar o país por falta de visto. O próprio Rohani também não recebeu o documento, que é emitido pelo governo norte-americano.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, havia programado a viagem de Teerã para Nova York para 20 de setembro – três dias antes da data prevista para o deslocamento de Rohani.
“Mas, se os vistos não forem entregues nas próximas horas, a viagem [dos dois líderes] provavelmente será cancelada”, acrescentou a agência.
Em julho, a ONU criticou o governo dos Estados Unidos por ter concedido a Zarif um visto que limita drasticamente seus deslocamentos em Nova York.
O cancelamento da viagem de Rohani acabaria com os esforços diplomáticos feitos durante a reunião do G7 de Biarritz (França) para conseguir uma reunião em Nova York entre o presidente iraniano e o anfitrião, Donald Trump.
O encontro já era considerado incerto, porém, desde os ataques contra instalações de petróleo na Arábia Saudita no sábado passado.