Embaixadora Eva Pedersen participa da cerimonia de retorno da obra
A embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Pedersen, participou nessa quinta-feira (12) da cerimônia que celebrou o retorno do manto Tubinambá ao Brasil. A obra ficou na Dinamarca por mais de 300 anos. Nas últimas décadas, ele foi exibido no Museu Nacional dinamarquês, na sala destinada ao Brasil.
“Ter um manto tão valioso na coleção é uma grande responsabilidade. Uma responsabilidade que o Museu Nacional da 🇩🇰 sempre se esforçou em honrar. Ao longo dos séculos, guardou e cuidou do manto com muito zelo. Agora, o manto com suas lindas plumas e todo seu significado espiritual para o povo Tupinambá voltou para as terras brasileiras”, destaca a embaixadora.
O evento foi realizado no Museu Nacional do Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Lula, da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, da diretora do Museu Nacional dos Povos Indígenas, Fernanda Kaingang, entre outras autoridades.
Eva lembra ainda que os caminhos do manto até Copenhague são incertos. “Com o olhar de hoje, também nos questionamos por que chegou em primeiro lugar?”, pontua a embaixadora. O processo de repatriação se iniciou após pedido do governo brasileiro, um requisito de acordo com a legislação dinamarquesa. Eva ressalta a cordialidade do diálogo entre o Museu Nacional da Dinamarca, a Embaixada do 🇧🇷 em Copenhague, o Museu Nacional no Rio de Janeiro e os representantes do povo Tupinambá.
“Foi um diálogo muito elogiado, muito positivo. Ficou evidente desde o início o grande significado do manto para o povo brasileiro, como símbolo, herança cultural material e como fonte de fatos históricos brasileiros. Assim como ficou evidente a imensa importância que o manto tem para o povo Tupinambá. Foi este diálogo, iniciado pelo Brasil, que levou o Museu Nacional da Dinamarca a pedir formalmente ao Ministério de Cultura dinamarquês a desvinculação da peça da coleção em favor de seu retorno ao Brasil”, detalha a embaixadora.