O presidente argentino, Mauricio Macri, fez um pronunciamento na manhã desta quinta-feira (29), pouco antes da abertura dos mercados. Reforçou que “faltam 59 dias para as eleições e é minha responsabilidade que esse período transcorra da melhor maneira possível”.
Macri fez referência às medidas anunciadas na noite de quarta-feira (28), em que o ministro da Economia, Hernán Lacunza, determinou o postergamento do pagamento de dívidas a curto e médio prazo, além de uma renegociação da dívida com o FMI, que já teve início com a visita de uma equipe do Fundo Monetário Internacional, que esteve na Argentina até poucos dias atrás.
O presidente argentino disse, ainda, que a “tranquilidade” necessária para enfrentar esse período de transição não depende apenas dele, e pediu que se formasse uma “comunidade democrática para evitar a deterioração da economia”.
Veladamente, lançou alfinetadas ao seu rival e líder nas pesquisas para a eleição de 27 de outubro, Alberto Fernández, com quem trocou farpas na última semana e responsabilizou pelo aumento do dólar e do risco-país nos últimos dias.
Fernández fez apenas um breve comentário positivo com relação ao pronunciamento de Lacunza e declarou que se ausentaria do país. Tem compromissos acadêmicos na Espanha, onde também se reunirá com o primeiro-ministro, Pedro Sanchez, e depois irá ao México, para uma visita ao presidente Andrés Manuel López Obrador.
Macri declarou nesta manhã que “todos os que estamos ocupando posições de liderança neste momento sabemos que a prioridade agora é o futuro dos argentinos. E eu estou aqui para continuar lutando por esse presente e pelo futuro dos argentinos.”
O presidente reforçou que as primárias, em que foi derrotado por Fernández por 47% a 32%, são “apenas uma pesquisa, mas teve a capacidade de desencadear uma crise como esta que estamos vivendo.” O primeiro turno das eleições ocorre dia 27 de outubro.