Mauricio Macri, o presidente da Argentina que tenta a reeleição, foi a uma rede social para relatar como foi sua conversa com Alberto Fernández, o político kirchnerista que lidera a corrida para a Casa Rosada.
Fernández se comprometeu a colaborar no que for possível para que o processo eleitoral afete o mínimo possível a economia, de acordo com Macri.
“Ele se mostrou com a vocação de tentar levar tranquilidade aos mercados a respeito dos riscos de uma eventual alternância de poder e ficamos de manter uma linha aberta entre os dois”, escreveu. De acordo com a mídia argentina, a iniciativa para o diálogo partiu de Macri.
Alberto Fernández deu aula na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, onde ele é professor, na manhã desta quarta (14), de acordo com o “Clarín”. Ao sair, viu a mensagem do presidente da Argentina, que pedia para conversar com ele.
Medidas econômicas de última hora
Mais cedo, o presidente Macri havia anunciado uma série de medidas econômicas. Entre elas, estão:
Elevação do salário mínimo
Congelamento de preço de combustíveis
Aumento do valor das bolsas a estudantes e aos beneficiários de um programa parecido com o Bolsa Família
Redução de impostos para famílias de renda baixa
Mais prazo para que as pequenas e médias empresas quitem seus impostos
O peso, a moeda argentina, perde valor desde segunda (12), quando ficou claro o favoritismo de Fernández.
Na segunda-feira (12), o peso caiu 15,27% –na terça, mais 4,29%. O banco central vendeu US$ 255 milhões para defender o câmbio. A taxa de juros de referência foi elevada a 75%
Em um pronunciamento na segunda (12), Macri disse que a deterioração dos índices econômicos é consequência da falta de confiança dos agentes de mercado em Alberto Fernández.
Eleições primárias
Fernández é o cabeça de chapa escolhido pela ex-presidente Cristina Kirchner, que é a candidata a vice-presidência.
No último domingo (11), houve votação nas eleições primárias na Argentina. As pesquisas indicavam que a coligação dos kirchneristas teria uma vitória por uma margem apertada. No entanto, Alberto Fernández teve 47,66% dos votos, e Macri 32,08%.
Pelas regras eleitorais do país, um candidato que tem 45% dos votos no primeiro turno já está eleito.