Evento marca a 36ª cerimônia em memória de Imam Ruhollah Khomeini
A Embaixada da República Islâmica do Irã no Brasil realizou, no dia 04, a 36ª cerimônia em memória de Imam Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica e líder da Revolução Iraniana. O evento foi conduzido pelo Embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadirli, e contou com a presença de autoridades diplomáticas e do governo.
A solenidade teve como convidado de honra o Presidente do Parlamento Islâmico do Irã, Mohammad Bagher Ghalibaf, que discursou sobre o legado político, espiritual e filosófico do Imam Khomeini. A ocasião coincidiu com os dias sagrados de Arafah e antecedeu a celebração de Eid al-Adha, ambas datas relevantes no calendário islâmico.
Em sua fala, Ghalibaf destacou que o Imam Khomeini não apenas liderou uma revolução, mas deu origem a uma escola de pensamento baseada em três pilares fundamentais: racionalidade, justiça e espiritualidade. “Ele foi mais do que um líder político ou religioso. Foi um arquiteto de ideias que combinou fé com razão, e espiritualidade com ação social”, afirmou.
O líder parlamentar ressaltou ainda que a Revolução Islâmica do Irã representou uma ruptura histórica com o modelo de hegemonia ocidental, introduzindo uma nova lógica de resistência, pautada na independência, na dignidade humana e na busca pela justiça global. “A mensagem do Imam transcende fronteiras. Sua defesa dos oprimidos e da causa palestina foi baseada não em emoção, mas em uma análise racional e civilizacional do mundo contemporâneo”, completou.
Em um dos trechos mais marcantes do discurso, Ghalibaf mencionou que o verdadeiro perigo está em reduzir o legado do Imam a um símbolo inerte. “O Imam não pode ser apenas um retrato na parede. Ele deve estar presente na voz dos marginalizados, na política baseada na ética e na independência real das nações”, declarou.
O Embaixador Abdollah Nekounam Ghadirli também fez uso da palavra e agradeceu a presença de parlamentares, autoridades brasileiras e representantes diplomáticos. Ele enfatizou o simbolismo do evento, ao reunir diferentes setores da sociedade em torno da memória de um líder que marcou profundamente a história contemporânea do Oriente Médio.
“Imam Khomeini demonstrou que, ao nos fortalecermos internamente, podemos transformar a sociedade e direcioná-la para o progresso e a independência”, destacou o embaixador. Ele aproveitou a ocasião para agradecer nominalmente a presença do Presidente da Assembleia Consultiva Islâmica, bem como de membros do Parlamento iraniano e autoridades brasileiras, como o Vice-Ministro das Relações Exteriores para o Oriente Médio e Assuntos Africanos, Embaixador Duarte, e o Diretor para o Oriente Médio, embaixador Clélio.
A cerimônia também contou com a participação de embaixadores de países amigos, representantes do meio acadêmico, ativistas sociais e culturais, além de profissionais da imprensa. A iniciativa reforçou o papel da diplomacia como instrumento de aproximação entre culturas, ideias e visões de mundo, ressaltando valores compartilhados de justiça, dignidade e respeito à soberania dos povos.
Fonte: Embaixada do Irã