O chanceler Mauro Vieira publicou nesta terça-feira (14) no Globo artigo sobre os primeiros momentos de sua gestão à frente do Itamaraty no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
“A decisão do governo Biden de engajar-se nos esforços internacionais em torno do Fundo Amazônia representa um gesto político de grande significado e também um reconhecimento ao governo Lula pelo combate à criminalidade ambiental desde o primeiro dia da sua gestão. Esses esforços revelaram a todos uma tragédia anunciada, a dos ianomâmis, fruto da ganância e da crueldade humanas, acobertadas pela omissão governamental”, escreve o chanceler.
“As cifras e o nível dos contatos mantidos falam por si: nos 40 dias até a viagem a Washington, o presidente Lula participou de 16 encontros presenciais com chefes de Estado e de governo, a que se somam dirigentes da União Europeia e de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e ainda de outros seis contatos telefônicos com presidentes ou primeiros-ministros. Além de acompanhar esses contatos, mantive outros 22 encontros bilaterais e 14 telefonemas com ministros e dirigentes de organismos internacionais. Recebi, ainda, em visitas oficiais, chanceleres de Japão, Grécia e França”, assinala o chanceler ao fazer o balanço dos primeiros passos de sua gestão à frente do Itamaraty no governo Lula.
Mauro Vieira considera que está entregando resultados: “reconstruir pontes, a começar pelos países vizinhos e pelos demais países latino-americanos, já a partir da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em janeiro, além do continente africano e dos grandes polos de poder mundial, como os EUA, a China e a União Europeia. O relançamento dessas parcerias estratégicas requer forte apoio da diplomacia presidencial e conta com a qualidade dos quadros do Itamaraty, que receberam a missão com renovado entusiasmo”.
“Nesses 40 dias, retomamos a boa tradição da política externa brasileira, que soube construir sua reputação de excelência sempre orientada pelo interesse nacional. Ficam para trás os recentes tempos do terraplanismo diplomático no país, em que as boas práticas foram substituídas por teorias da conspiração delirantes, por bravatas e por provocações infantis a nossos principais parceiros”.
Fonte: O Globo