Mulher diz ter sido alvo de Brett Kavanaugh quando estudava na Universidade de Yale na década de 1980. Em declaração divulgada pela Casa Branca, juiz negou o caso.
Por Agência EFE
Os democratas do Senado dos Estados Unidos investigam a acusação de uma segunda mulher, identificada como Debora Ramírez, que assegura ter também sofrido assédio sexual por parte do indicado pelo presidente Donald Trump para a Suprema Corte do país, Brett Kavanaugh, quando ele cursava seu primeiro ano na Universidade Yale.
Kavanaugh já se enfrenta outra acusação de assédio na década de 80. Ele nega ambos os casos.
Segundo publicou a revista “The New Yorker” em seu site, Ramírez, de 53 anos, afirma que o caso ocorreu entre os anos de 1983 e 1984. Segundo ela, Kavanaugh tirou a roupa, bêbado, durante uma festa em uma residência de estudantes, colocou o pênis em seu rosto e a fez tocá-lo sem seu consentimento, enquanto ela tentava tirá-lo de cima.
Em declaração divulgada pela Casa Branca, Kavanaugh negou que o evento tenha acontecido. “Este suposto evento de 35 anos atrás não aconteceu. As pessoas que me conheciam na época sabem que isto não aconteceu, e disseram isso. Isto é uma difamação, clara e simples”, disse o indicado ao Supremo Tribunal americano.
“Espero testemunhar na quinta-feira sobre a verdade, e defendendo meu bom nome, e a reputação de caráter e integridade que construí ao longo de minha vida, contra estas acusações de último momento”, disse Kavanaugh.
Primeiro caso
O primeiro caso de assédio contra o juiz foi denunciado por Christine Blasey Ford, que aceitou depor no Senado. Seus advogados divulgaram neste domingo que o depoimento foi marcado para a próxima quinta-feira.
Christine acusa Kavanaugh de atacá-la durante uma festa, quando eles estavam no ensino médio, na década de 80. Ele nega o caso, mas ela solicitou uma investigação do FBI a respeito. Kavanaugh também concordou em depor em uma audiência do Comitê Judiciário do Senado programada para as 10h locais de quinta-feira.
As acusações estão alongando o processo de confirmação do controverso juiz ao cargo vago na Suprema Corte. Kavanaugh é considerado muito conservador pelos democratas, que também o acusam de não ter mostrado todos os antecedentes profissionais.