O incêndio no acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro é notícia em veículos de comunicação de todo o mundo
Agência Brasil
O incêndio que consumiu, na noite desse domingo (2/9) e madrugada desta segunda-feira (3/9), o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro é notícia em veículos de comunicação de todo o mundo.
Na América Latina, o jornal argentino Clarín traz entre os detaques de capa a história do incêndio que destruiu o acervo que continha cerca de “20 milhões de peças valiosas”, que datam da época do império. O Museu comemorava, em 2018, 200 anos de história.
O El País do Uruguai diz que o incêndio “devorou uma joia cultural” do Brasil. O jornal afirmou que, enquanto queimava o museu, a tristeza e a raiva se misturavam à indignação de investigadores, professores e alunos, que já articulavam, na internet, protestos na frente da instituição.
O jornal chileno El Mercurio traz estampada na capa uma foto do museu em chamas e conclui que o Brasil “perde dois séculos de história”. O periódico peruano El Comercio ressalta a majestosidade do prédio, que foi devorado pelas chamas, “sem que os bombeiros conseguissem controlá-las”.
Na Europa, os principais veículos também noticiaram o incêndio. No El País espanhol, o destaque é o fato de o museu ser “a mais antiga instituição científica e de história natural do país, criada pelo rei João VI em junho de 1818, quando Brasil ainda era una colônia de Portugal”. O jornal destacou ainda o fato de as causas da tragédia serem desconhecidas.
O português Público traz o incêndio como matéria principal, na capa, com uma galeria de fotos das chamas consumindo o palácio.
A britânica BBC também publica, com destaque na capa, o devastador incêndio que consumiu, entre milhares de objetos, a Luzia, o mais antigo esqueleto humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem entre 20 e 24 anos. Já o The Guardian ressalta a perda “incalculável” para o Brasil.
O francê Le Figaro publica um vídeo com entrevistas. O italiano Corriere della Sera afirma que o acervo já “não existe mais”, e ressalta a falta de manutenção do “museu mais antigo do Brasil”.
Nos Estados Unidos, os principais jornais também deram destaque à tragédia. O Washington Post ressaltou a batalha dos bombeiros contra o fogo no museu que “abrigava artefatos do Egito, arte greco-romana e alguns dos primeiros fósseis encontrados no Brasil”.
O New York Times afirma que incêndio “engole” museu, ameaçando centenas de anos de história. A CNN lembrou que o maior meteorito já encontrado no Brasil também estava abrigado no museu. Ele pesava 5,36 toneladas e foi encontrado em 1784.