Líder japonês deve manter repouso, informou porta-voz do governo
Folhapress
O imperador japonês, Akihito, 84, está sofrendo de anemia cerebral e teve de cancelar as atividades previstas para o dia, anunciou o governo nesta segunda-feira (2). De acordo com o porta-voz Yoshihide Suga, ele “precisa de descanso” e deverá manter repouso.
“Sua majestade, o imperador Akihito, sentiu-se repentinamente mal às 4h da manhã (18h de domingo, em Brasília), vítima de náuseas, tonturas e uma sudorese excessiva provocada por uma anemia cerebral”, disse Suga.
Akihito, 125º imperador do Japão, reina desde janeiro de 1989. Em 2017, o primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, informou que ele deve deixar o cargo em abril de 2019, em virtude de uma lei especial que o autoriza a abdicar.
O imperador tem sofrido com problemas de saúde nos últimos anos, incluindo uma cirurgia cardíaca e um câncer de próstata.
Em agosto de 2016, Akihito fez um raro pronunciamento pela televisão, no qual compartilhou suas dúvidas em relação à sua capacidade de continuar cumprindo, “de corpo e alma”, as obrigações relacionadas à sua função de “símbolo do povo e da unidade da nação”.
Essa declaração foi então interpretada como um desejo de abdicar a favor de seu primogênito, o príncipe Naruhito, 58.
A possibilidade não estava contemplada na legislação sobre a casa imperial. Por isso, aprovou-se uma lei excepcional que lhe permite abdicar, mas que não se aplicará a seus sucessores.