Um tribunal antiterrorista do Marrocos condenou nesta quinta-feira (18) três homens à morte pelo assassinato de duas turistas escandinavas, decapitadas no país em dezembro, em nome do grupo Estado Islâmico.
Um quarto suspeito, que fugiu da cena do crime, foi condenado à prisão perpétua. Outros 19 cúmplices receberam sentenças entre 5 e 30 anos de prisão, segundo a Associated Press.
O primeiro condenado, Abdesamad Ejud, vendedor ambulante de 25 anos, reconheceu que organizou o assassinato com dois cúmplices, Yunes Uaziyad, um carpinteiro de 27, e Rashid Afati, de 33.
Louisa Vesterager Jespersen, estudante dinamarquesa de 24 anos, e sua amiga Maren Ueland, norueguesa de 28 anos, foram mortas quando acampavam em um local isolado nas montanhas do Alto Atlas, região montanhosa do sul do Marrocos muito apreciada por montanhistas.
Entre eles está um espanhol-suíço convertido ao Islã, condenado a 20 anos de prisão por “pertencer a um grupo terrorista”. Ele sempre se declarou inocente.
O tribunal também condenou os três culpados de assassinato e um de seus cúmplices a pagar dois milhões de dirhams (cerca de R$ 782 mil) or danos morais aos pais de Maren Ueland.
Rejeitou, porém, a demanda da família de Louisa Vesterager Jespersen, que reivindicava 10 milhões de dirhams (US$ 1 milhão) ao Estado marroquino, por sua “responsabilidade moral”.