Ao menos 10 pessoas morreram e 30 ficaram feridas
(ANSA) – A capital do Irã, Teerã, viveu momentos de terror nesta quarta-feira (7). Dois suicidas ligados ao grupo Estado Islâmico (EI) explodiram bombas no mausoléu do aiatolá Khomeini e no Parlamento iraniano, que foi tomado em sequestro. Ao menos 10 pessoas morreram e 30 ficaram feridas nos ataques, assumidos pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Pela manhã, quatro terrroristas invadiram o Parlamento e um deles, um homem-bomba, se explodiu entre o 4º e 5º andar do prédio. Várias pessoas foram mantidas reféns e, após horas de tensão, a polícia conseguiu neutralizar os três homens restantes, que foram mortos.
Quase simultaneamente, outro ataque ocorreu contra o mausoléu do aiatolá Khomeini, que liderou o país na Revolução Iraniana de 1979, a qual depôs o xã Mohammad Reza Pahlavi. Testemunhas relataram a explosão de uma bomba e tiros pelas ruas.
O presidente do Parlamento iranaiano, Ali Larijani, estava no local para liderar uma sessão fechada. “O ataque demonstra que os terroristas têm o Irã como um alvo porque o Irã é ativo e eficaz na luta contra o terrorismo”, comentou. A população do Irã é de maioria xiita, vertente muçulmana considerada apóstata pelo grupo Estado Islâmico, que é sunita. Desde o início do ano, a organização vinha fazendo ameaças ao país.
Mas o chefe do serviço de inteligência do Irã, Mahmoud Alavi, informou que vários grupos terroristas estavam envolvidos na série de atentados de hoje, porém apenas dois deles conseguiram completar os ataques. Alguns homens vestiram roupas femininas para cometerem os atos e despistarem a polícia. O atentanto também ocorre durante o mês do Ramadã, período sagrado para os muçulmanos e iniciado no último dia 26 de maio, além de evidenciar a rivalidade entre sunitas e xiitas.
Reações – O governo russo condenou firmemente os atentados e definiu-os como terrorismo. “Esses ataques não são menos que terrorismo e enfatizam a necessidade de unir nossos esforços contra o terror, especialmente contra o Estado Islâmico”, disse o Kremlin. (ANSA)