O G-20, grupo que reúne as vinte maiores economias do mundo, se comprometeu a injetar US$ 5 trilhões para o combate à pandemia, o fortalecimento da economia mundial e a proteção aos vulneráveis. O dinheiro se soma às iniciativas bilionárias de líderes europeus para ajudar trabalhadores e empresas.
A mensagem do Reino Unido é que ninguém vai ficar sozinho. O governo britânico vai bancar 80% do salário de quem ganha até 2.500 libras. O ministro da Economia anunciou nesta quinta-feira (26) que o mesmo vale para trabalhadores autônomos.
A equipe econômica vai verificar a renda da pessoa nos últimos três anos para saber quanto ela ganha na média. Uma medida sem precedentes e que impressiona ainda mais porque vem dos conservadores. O partido prega historicamente uma menor intervenção do estado na economia.
Os governos da Alemanha, França, Dinamarca e Suécia adotaram medidas semelhantes. Nesta quinta-feira (26) mesmo, o Parlamento europeu aprovou um pacote de 37 bilhões de euros para amenizar a pandemia.
A França prometeu que “nenhuma empresa, seja qual for o seu tamanho, enfrentará o risco de falência” por causa do vírus. E a Alemanha ofereceu crédito ilimitado às empresas atingidas pela pandemia.
Essa tática é apelidada de bazuca financeira. Ela serve para dar segurança aos mercados. A ideia é que investidores não deixariam de investir num país se tiverem certeza de que dinheiro não vai faltar.
A foco europeu é nas duas pontas da economia: as linhas de crédito permitem que as empresas fiquem em pé e a transferência de renda, a suspensão do pagamento de hipotecas, das contas de luz e gás. Tudo garante que o consumidor tenha dinheiro para gastar quando o país voltar a produzir.
Os governos estão abrindo os cofres para manter os sinais vitais da economia – Na mesma linha está o grupo das 20 maiores economias do planeta. Os líderes se reuniram por videoconferência para traçar um plano emergencial e decidiram injetar US$ 5 trilhões na economia global, algo como R$ 25 trilhões para medidas econômicas, sociais e de saúde.
No documento final, o grupo lembrou que o vírus não respeita fronteiras e que, por isso, a resposta precisa ser coordenada, robusta, baseada na ciência e dentro de um espírito de solidariedade.
O G-20 também afirma que está comprometido em adotar as medidas de saúde necessárias e assegurar o financiamento adequado para conter a pandemia e proteger as pessoas, especialmente os mais vulneráveis.
Entre as medidas estão o esforço para a troca de dados epidemiológicos e clínicos, o reforço dos sistemas de saúde globalmente, além do trabalho conjunto para a pesquisa e desenvolvimento de vacinas e medicamentos.
O grupo afirmou que vai seguir a implementação total das regulações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que está comprometido a fortalecer ainda mais o mandato da OMS na coordenação da luta internacional contra a pandemia.
O G-20 também ressaltou a importância da comunicação responsável para o público durante essa crise de saúde global. Sobre a economia global, o G-20 disse que vai fazer tudo o que for preciso e usar todas as ferramentas políticas para minimizar os danos econômicos e sociais, restaurar o crescimento do planeta e manter a estabilidade dos mercados financeiros.
Para isso, está adotando medidas imediatas e vigorosas para apoiar economias, proteger trabalhares, negócios – principalmente as micro, pequenas e médias empresas – e os setores mais afetados, além de amparar os vulneráveis com proteção social adequada.
O grupo também afirmou que vai minimizar interrupções do comércio internacional e das cadeias globais de suprimento, que vai trabalhar para garantir o fluxo entre países de suprimentos médicos vitais, produtos agrícolas essenciais entre outros bens.