As fronteiras da Nova Zelândia deverão permanecer fechadas durante grande parte do ano, para medir o impacto a nível mundial das campanhas de vacinação contra a covid-19.
Jacinda Ardern explicou que a identificação, no fim de semana, de um primeiro caso de contágio em mais de dois meses mostra o risco que representa ainda o novo coronavírus para o arquipélago até aqui bem sucedido no controlo da doença. “Dados os riscos no mundo e a incerteza quanto às campanhas de vacinação internacionais, podemos esperar que as nossas fronteiras sejam afetadas durante grande parte do ano”, disse aos jornalistas. Desde março, as fronteiras neozelandesas estão fechadas aos estrangeiros. Apenas os neozelandeses podem entrar no território.
Por outro lado, Ardern indicou que a Nova Zelândia ia continuar a autorizar as entradas de estrangeiros chegados através de “bolhas de viagem” com a Austrália e nações do Pacífico onde o novo coronavírus está sob controle. No entanto, a responsável lamentou a decisão de Camberra de suspender “a bolha”, que permitia isenção de quarentena para os habitantes dos dois países, na sequência do registo de um caso de contágio local.
Trata-se de uma neozelandesa recentemente chegada da Europa e que obteve um teste positivo para a covid-19 dez dias depois de ter terminado a quarentena de duas semanas num hotel. Sobre este caso, Jacinto Ardern afirmou que a situação está “bem controlada” e lamentou a medida de Camberra. Com uma “bolha de viagem, as pessoas devem ter a garantia de que as fronteiras não serão fechadas num curto prazo por casos que pensamos poder resolver bem a nível nacional”, acrescentou.
O ministro da Saúde neozelandês, Chris Hipkins, disse que os 15 contatos próximos da mulher infetada não são portadores do vírus, identificado como a variante sul-africana. Para saber como a transmissão ocorreu, durante a quarentena de 14 dias, dados iniciais apontaram para o sistema de ar condicionado do hotel, acrescentou.