Para marcar a abertura da mostra, no dia 20 de maio, o ACNUR promove a exibição do curta metragem “A Linguagem do Coração”, seguida de uma roda de conversa com o tema “Refúgio: Uma jornada forçada em busca de um horizonte seguro”, no Teatro Brasília Shopping. A roda contará com a presença de Federico Martinez, representante adjunto do ACNUR; Bernardo Laferté, coordenador geral do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE); Raquel Porto Alegre, repórter da Globonews; e Stefane, refugiada venezuelana no Brasil.
O teatro será aberto às 18h30, e o evento terá início às 19h. A entrada é gratuita, mas sujeita a lotação.
A exposição “Faces do Refúgio” é composta por 52 fotografias feitas por fotógrafos do ACNUR em diferentes partes do mundo. O público conhecerá as principais crises de deslocamento forçado da atualidade, causadas por conflitos em países como Síria, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Mianmar.
As fotos também contam histórias de superação de crianças, homens e mulheres que tiveram que abandonar suas casas devido a graves violações de direitos humanos para buscar uma oportunidade de reconstruir suas vidas longe de seus países. A curadoria da exposição foi realizada pelo ACNUR em conjunto com o Atelier Vanessa Poitena.
Durante o período, também serão exibidos filmes que mostram a condição dos refugiados de diferentes ângulos: “Exodus: de onde eu vim não existe mais”; “Los silêncios”; “A linguagem do coração”; e “Recomeços: sobre mulheres, refúgio e trabalho” (consulte sinopses e horários abaixo).
Toda a programação tem entrada gratuita, mas os filmes estão sujeitos à lotação da sala. Os ingressos para cada sessão estarão disponíveis para retirada a partir das 18h no posto de informações do Brasília Shopping.
Sobre refugiados
Dados do ACNUR indicam que mais de 68 milhões de pessoas no mundo encontram-se atualmente fora dos seus locais de origem devido a guerras, conflitos e perseguições.
De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil reconheceu até o final de 2017 um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. Destes, 5.134 continuam no país na condição de refugiado, sendo que 52% moram em São Paulo, 17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná. Brasília abriga apenas 329 deles, o equivalente a 1% do total.
Os sírios representam 35% da população refugiada com registro ativo no Brasil. Já os venezuelanos são maioria entre os solicitantes de refúgio, respondendo por mais 17 mil pedidos, o que equivale a cerca de 50% do total.
Serviço
Exposição Faces do Refúgio
Data: de 20 a 2 de junho
Local: Cúpula Sul e Teatro Brasília Shopping.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado (das 6h às 22h) e aos domingos e feriados (das 10h às 22h).
Mostra de filmes
21/05 (terça) e 26/05 (domingo), 19 horas
Êxodos: de onde eu vim não existe mais
Direção: Hank Levine. 105 min. Brasil/Alemanha. 2016. Documentário.
Produtora: Paris Filmes.
Sinopse: A jornada de seis refugiados, leva a uma reflexão sobre o estado do mundo frente às crises que obrigam um número cada vez maior de pessoas a deixarem seus lares para fugir de guerras, epidemias e graves violações dos direitos humanos. Tudo o que elas buscam é um porto seguro para recomeçar suas vidas.
22/05 (quarta) e 25/05 (sábado), 19 horas
Los Silencios
Direção: Beatriz Seigner. 89 minutos. Brasil/Colômbia/França. 2018. Filme.
Produtora: Vitrine Filmes.
Sinopse: Núria, Fábio e sua mãe, Amparo, chegam a uma pequena ilha no meio da Amazônia, fugindo do conflito armado onde o pai desapareceu. Certo dia, ele reaparece na nova casa. A família é assombrada por esse estranho segredo e descobre que a ilha é povoada por fantasmas.
23/05 (quinta), 19 horas
Recomeços: Sobre Mulheres, Refúgio e Trabalho.
Direção: Felipe Abreu e Thays Prado. 22 min. Brasil, 2017. Minidocumentário.
Sinopse: O filme, de Fellipe Abreu e Thays Prado apresenta as trajetórias e os desafios de dez mulheres que participam do projeto “Empoderando Refugiadas”, do ACNUR.
Linguagem do Coração
Direção: Silvana Nuti. 30 min. Brasil, 2016. Documentário.
Sinopse: A obra retrata as diferentes aspirações e os motivos que levaram pessoas de nacionalidades diversas a buscarem refúgio no Brasil. Com um interessante olhar sobre a acolhida de refugiados em São Paulo. O filme traz depoimentos de pessoas em situação de refúgio e de representantes da sociedade civil que dão uma perspectiva plural e humana do problema.