Amado Boudou foi vice no 2º mandato de Cristina Kirchner
Notícias ao Minuto Brasil
A Justiça da Argentina condenou nesta terça-feira (7) o ex-vice-presidente Amado Boudou (2011-2015) a cinco anos e 10 meses de prisão pelo crime de corrupção. Boudou, que foi vice da ex-presidente Cristina Kirchner em seu segundo mandato, foi considerado culpado no “caso Ciccone”, relacionado à sua suposta compra de uma empresa de impressão de dinheiro.
Segundo a investigação, Boudou teria levantado uma declaração de falência contra a empresa de câmbio Ciccone em troca de uma participação acionária no período em que era ministro da Economia (2009-2011). O objetivo era conseguir contratos com o Estado para a impressão de dinheiro e de documentos oficiais.
Considerado culpado pelo tribunal de Buenos Aires de cometer suborno passivo e conduzir negócios “incompatíveis com cargos públicos”, Boudou também recebeu uma multa de 90 mil pesos e foi proibido de ocupar cargos públicos.
Além do político, também foram condenados o sócio de Boudou José María Núñez, que pegou cinco anos e meio de detenção por participar do esquema, e o ex-dono da empresa de câmbio Nicolás Ciccone, condenado a quatro anos e meio de reclusão por corrupção ativa.
No tribunal, Boudou se defendeu afirmando que não era o dono da empresa de impressão de cédulas, além de declarar que está sendo perseguido por tentar “transformar a realidade”.
Desde que Mauricio Macri assumiu a presidência da Argentina, em 2015, diversos membros da administração anterior foram ligados a acusações de corrupção. Na semana passada, mais de 12 pessoas foram detidas após serem encontrados alguns cadernos supostamente detalhando pagamentos ilegais para políticos.
As datas dos pagamentos registradas no caderno são de 2003 a 2015, período que a Argentina foi liderada por Cristina Kirchner e seu marido, Néstor.