A ex-funcionária também acusa a campanha do republicano de discriminação
Notícias ao Minuto Brasil
O presidente americano, Donald Trump, é acusado por uma ex-funcionária que trabalhou na campanha do republicano em 2016 de tentar beijá-la sem consentimento antes de um comício na Flórida, segundo processo a que o jornal The Washington Post teve acesso.
Na ação federal, protocolada nesta segunda (25) na Flórida, Alva Johnson, 43, disse que o republicano pegou sua mão e se inclinou para beijá-la na boca, antes de deixar um veículo no qual estava para participar do comício em Tampa em 24 de agosto de 2016. Segundo Johnson, ela virou o rosto e o beijo foi parar no canto de sua boca.
A ex-funcionária também acusa a campanha do republicano de discriminação. Johnson, negra, teria recebido menos que seus colegas homens brancos. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, qualificou as acusações de “absurdas”. “Isso nunca aconteceu e entra em contradição direta com os relatos de muitas testemunhas de credibilidade maior”, afirmou, em comunicado.
Kayleigh McEnany, uma porta-voz da campanha, qualificou as acusações de discriminação como “sem base e infundadas.” O Post entrevistou uma funcionária da campanha e Pam Bondi, então procuradora-geral da Flórida, duas aliadas de Trump que, segundo Johnson, testemunharam o episódio. Elas negam ter visto o suposto beijo.
Em maio de 2017, em entrevista a uma rádio de Alabama, Johnson descreveu Trump como “mais incrível pessoalmente” do que na televisão. “Ele é o melhor cara…ele trata todo mundo como se fizesse parte da família.”
Johnson também alimentava a esperança de conseguir um posto na embaixada americana em Lisboa. “Eu, em algum momento, irei a Portugal para trabalhar na embaixada”, afirmou. Hassan Zavareei, um dos advogados de Johnson, disse que, ela estava presa a um acordo de sigilo e disse “o que ela achou que Trump e seus apoiadores queriam”.
Ao Post Johnson disse ter contato ao namorado, à mãe e ao padrasto sobre o suposto beijo no mesmo dia em que ocorreu -os três confirmam. Um terapeuta com quem Johnson se consultou mostrou ao jornal notas que fazem referência a um evento não especificado durante a campanha que deixou a ex-funcionária perturbada.
O presidente também é acusado por Summer Zervos, ex-participante do reality show “O Aprendiz”, de tê-la beijado à força e a apalpado em 2007. No processo, Johnson busca reparação por sofrimento e danos provocados por dor emocional.