Redação Reuters
Um padre católico que trabalhava como diplomata na Embaixada do Vaticano em Washington foi indiciado neste sábado por acusações de posse de pornografia infantil nos Estados Unidos e Canadá.
Um comunicado do Vaticano afirmou que uma investigação descobriu que o monsenhor Carlo Alberto Capella, que foi preso no Vaticano em abril após ter sido convocado, supostamente possuía e trocava “uma grande quantidade” de pornografia infantil.
Um magistrado do Vaticano ordenou que ele fosse julgado. O julgamento começará no pequeno tribunal do Vaticano em 22 de junho, segundo o comunicado.
Não foi possível contatar Capella, que está sendo mantido em uma cela no quartel da polícia do Vaticano. O Vaticano não identificou seu advogado. O escândalo é o mais recente golpe na Igreja Católica enquanto luta para superar repetidos casos de abuso sexual entre o clero.
No mês passado, 34 bispos do Chile renunciaram em massa após participarem de uma reunião de crise com o Papa Francisco, no Vaticano, sobre o acobertamento de abusos sexuais no país sul-americano.
Em agosto, o Departamento de Estado dos EUA notificou a Santa Sé sobre uma possível violação de leis relacionada à imagens de pornografia infantil por um membro do corpo diplomático da Santa Sé acreditado em Washington.
Algumas semanas mais tarde os Estados Unidos pediram que a imunidade diplomática de Capella fosse dispensada para abrir caminho para uma possível acusação, mas o Vaticano recusou o pedido.