Data lembra a luta pela libertação de Jerusalém e a necessidade de apoio internacional pela causa Palestina. Para embaixador, “este não é um sonho distante”
Nesta quinta-feira (27), a embaixada do Irã no Brasil celebrou o Dia Internacional de Al-Quds, uma data estabelecida pelo Imam Khomeini para reforçar a luta pela libertação de Jerusalém. O evento destacou a relevância espiritual, moral e política dessa causa, refletindo a visão estratégica do fundador da Revolução Islâmica sobre a resistência palestina.
O Dia de Al-Quds, celebrado na última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã, é marcado por manifestações em diversos países em protesto contra a ocupação da Palestina. Durante a cerimônia, o embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadirli, enfatizou que a data representa um exemplo significativo de como uma ideia pode se transformar em um programa prático, mobilizando tanto sociedades muçulmanas quanto não muçulmanas ao redor do mundo.
“Deve-se aproveitar a aceitação internacional do Dia de Al-Quds para incentivar governos a adotarem medidas jurídicas, econômicas e diplomáticas contra os crimes do regime ocupante. Neste grande dia, reafirmamos nossa solidariedade global ao povo palestino e declaramos três grandes ‘nãos’ ao regime sionista: não à ocupação, não ao apartheid e não ao apagamento da Palestina”, afirmou Nekounam.
O diplomata lembrou que há mais de oito décadas a Palestina histórica sofre com a ocupação sionista, que tem resultado na contínua anexação de territórios. Atualmente, restam apenas 7% do território original da Palestina, uma ocupação que viola diversas normas internacionais e já foi condenada por resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas, incluindo as resoluções 338, 476 e 2334.
“A comunidade internacional deve declarar um ‘não’ absoluto e abrangente a essa ocupação. As bases legais já existem, e posturas meramente simbólicas não são mais suficientes – é preciso agir concretamente”, ressaltou o embaixador.
Ele também destacou que, assim como a Convenção Internacional reconhece o apartheid como crime contra a humanidade, o mesmo deve ser aplicado à realidade da Palestina. Além disso, enfatizou a importância da resistência como um fator essencial para a segurança e soberania dos povos árabes, alertando para as consequências de seu enfraquecimento.
“A resistência não se limita ao Líbano e à Palestina, mas se estende a todo o mundo árabe. Se for enfraquecida, não apenas os territórios ocupados, mas toda a região estará vulnerável à agressão e invasão do regime sionista”, afirmou Nekounam.
Por fim, o embaixador reforçou a necessidade de uma resposta internacional efetiva em defesa do povo palestino, apoiando seu direito à autodeterminação e à libertação da ocupação israelense, além de exigir o fim do genocídio em Gaza e o combate ao deslocamento forçado dos palestinos.
“A libertação da Palestina não é um sonho distante. Nenhum regime de apartheid, nenhuma ocupação militar e nenhum projeto colonial duram para sempre. As vozes de milhões que marcham pelo mundo em apoio à Palestina provam que a luta pela justiça é inquebrantável. Consciências despertas não descansarão até alcançar esse objetivo humano e moral supremo”, concluiu Abdollah.
Fonte: Embaixada do Irã