Os Estados Unidos notificaram nesta segunda-feira (4) a Organização das Nações Unidas (ONU) e confirmaram a saída do Acordo de Paris. A informação foi dada por Mike Pompeo, secretário de Estado, e é o primeiro passo formal dos americanos contra o pacto global no combate às mudanças no clima. Todo o processo deverá durar um ano
“Hoje começamos o processo formal de retirada do Acordo de Paris. Os EUA têm orgulho do histórico como líder mundial na redução de emissões, promovendo resiliência, aumentando nossa economia e garantindo energia para os nossos cidadãos. Nosso modelo é realista e pragmático”, disse o secretário em sua conta no Twitter.
O presidente do país, Donald Trump, havia feito o primeiro anúncio em junho de 2017. Ele disse que negociaria um retorno ao acordo climático em termos “mais justos para os EUA”. Segundo Trump, o documento traz desvantagens para o país e beneficia outras nações.
“Para cumprir o meu dever solene de proteger os Estados Unidos e os seus cidadãos, os Estados Unidos vão se retirar do acordo climático de Paris, mas iniciam as negociações para voltar a entrar no acordo de Paris ou em uma transação inteiramente nova em termos justos para os Estados Unidos, suas empresas, seus trabalhadores, suas pessoas, seus contribuintes “, disse Trump, em coletiva em 1º de junho de 2017.
O Acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015, criou metas para que os países consigam manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC. Os países ricos devem garantir um financiamento de US$ 100 bilhões por ano, e os compromissos deverão ser revistos a cada 5 anos. Ou seja, em 2020 haverá uma nova reunião-chave internacional para calibrar as metas e garantir uma melhor preservação do planeta.