No dia do início da 11ª Cúpula do Brics, em Brasília, os integrantes do Conselho Empresarial desse bloco de países (Cebrics) finalizaram uma lista de 23 propostas para ampliar o comércio e os investimentos no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Medidas para facilitar o comércio entre os membros do bloco, financiamentos para projetos no setor de energia e cooperação na área de aviação regional estão entre as principais. sugestões.
As propostas serão entregues amanhã (14) aos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e Cyril Ramaphosa, da África do Sul; e ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Os pontos que se destinam a facilitar o comércio entre os integrantes do Cebrics envolvem necessariamente a aplicação das seguintes medidas: reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados; adoção de certificado fitossanitário eletrônico e estabelecimento de pontos focais nacionais para investidores do Brics.
Já o financiamento para projetos de energia, os integrantes do Cebrics sugeriam que os recursos devem vir do Novo Banco do Desenvolvimento (o banco do Brics).
O estabelecimento da aviação regional como um dos pontos prioritários a serem apoiados pelo Brics é proposta que faz parte de um conjunto de 12 ações sugeridas pelo Cebrics. Também constam dessas ações medidas visando desenvolver a biotecnologia, a economia digital, a indústria e a infraestrutura
“O Brics é muito importante para a indústria. A pauta que interessa ao setor produtivo é a do comércio, do investimento e da inovação”, disse o diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi. “Percebemos que a inovação é um ponto de encontro entre as cinco economias”, disse Abijaordi.
Lista de propostas:
– 3 ações para facilitar o comércio entre os BRICS: reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados; adoção de certificado fitossanitário eletrônico; e estabelecimento de pontos focais nacionais para investidores do BRICS
– 3 ações relacionadas ao Novo Banco de Desenvolvimento: financiamento a projetos de energia; financiamento a projetos de integração energética com países fronteiriços aos membros do BRICS; e criação de um Painel de Especialistas em Finanças, em parceria com o Conselho Empresarial do Brics (Cebrics)
– 4 ações para ampliar o financiamento às seguintes áreas: desenvolvimento de competências; desenvolvimento sustentável; infraestrutura; e pequenas e médias empresas
– 12 ações para cooperação nas seguintes áreas: aviação regional; biotecnologia; desenvolvimento de competências; economia digital, incluindo conectividade de áreas remotas, alfabetização e educação digital, e plataformas digitais; energia; indústria 4.0; infraestrutura, incluindo PPPs, tecnologias avançadas e logística; e mobilidade.