Foram promovidos encontros na sua sede em Brasília para marcar os 15 anos da catástrofe do país, em que quase toda a população palestina foi expulsa das suas terras
A embaixada da Palestina no Brasil promoveu evento comemorativo, na quarta-feira, 15, para marcar a Nakba, catástrofe pela qual passou o povo palestino em 1948 com a criação do Estado Israel e a expulsão massiva de 88% por cento da sua população das suas terras. Assim como o evento na embaixada, em Brasília, outras atividades foram realizadas Brasil afora para marcar a data, em um momento em que os palestinos enfrentam conflito severo com Israel.
O comemoração na embaixada ocorreu na presença de embaixadores e de lideranças religiosas muçulmanas e de outras igrejas, que sublinharam o seu apoio e o do povo brasileiro aos direitos dos palestinos e pediram o fim da atual agressão israelense.
O embaixador do Estado da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben enfatizou que povo Palestino na Faixa de Gaza está enfrentando uma nova Nakba, através da qual a ocupação israelense procura eliminar a esperança do povo palestino de estabelecer o seu Estado independente.
Entre as demais atividades de apoio aos palestinos, na segunda-feira (13) a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) promoveu ato solene para lembrar a Nakba. Também foi realizada uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, na quarta-feira para lembrou a Nakba e pedir o fim do conflito atual.
Os representantes das igrejas Episcopal Anglicana do Brasil, Aliança de Batistas do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Representante da Igreja ortodoxa, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil , Comissão Brasileira justiça e Paz, Igreja Católica Apostólica Romana e a Iniciativa das Religiões Unidas, proferiram vários discursos entre eles a palavra da Sra. Romi Márcia Bencke representando o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, o padre Agacios Alsayegh representando a igreja Ortodoxa do Brasilia , Salete Aquino da Iniciativa das Religiões Unidas nos quais sublinharam o seu apoio aos direitos do povo palestino, exigiram o fim da agressão israelense em curso e da guerra contra mulheres, crianças e idosos, e sublinharam o apoio do povo brasileiro e dos povos livres do mundo à luta do povo palestino e ao seu direito à autodeterminação.
O Xeque Ali Al-Ghazzawi, Mufti do Vale de Bekaa, sublinhou que a Nakba é a Nakba de todos os povos árabes, de todas as religiões monoteístas e da humanidade, salientando que a Palestina, a terra da paz que abraça todas as religiões, não pode continuar a sofrer os crimes da ocupação.