Partido do candidato de oposição ganhou mais cadeiras, mas Netanyahu ainda pode conquistar coalizão majoritária e, assim, se manter no cargo de primeiro-ministro
Por G1
Duas de três pesquisas de boca de urna das eleições de Israel desta terça-feira (9) mostram que o partido Azul e Branco, de oposição, terá o maior número de assentos no Parlamento. Porém, como a diferença para o Likud, do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, é muito pequena, a corrida para o governo israelense ainda está indefinida.
O resultado das pesquisas de boca de urna feitas por três canais de televisão israelenses foi o seguinte:
Canal 13: Azul e Branco (36) x Likud (36)
Canal 12: Azul e Branco (37) x Likud (33)
Canal 11: Azul e Branco (37) x Likud (33)
Pouco depois dos resultados das pesquisas, tanto Netanyahu quanto o opositor Benny Gantz, do Azul e Branco, declararam vitória. No entanto, os resultados ainda apertados são insuficientes para determinar quem vai obter a maior coalizão com outros partidos.
Pelo Twitter, Netanyahu disse que o partido dele, o Likud, alcançou uma “vitória definitiva”. O atual primeiro-ministro também afirmou que já pretende montar a nova equipe de governo ainda nesta noite. Gantz, por outro lado, também disse que o partido Azul e Branco venceu.
Eleição decide futuro de Netanyahu
Os israelenses compareceram às urnas nesta terça-feira para votar nas 21ª eleições parlamentares do país. Mais de 6,3 milhões de eleitores votarão em uma eleição que, na verdade, é vista por muitos como um referendo sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Netanyahu busca seu quarto mandato consecutivo e quinto no geral, incluindo um período em que esteve no poder nos anos 90. Caso confirme mais uma vitória, ele garante um lugar na história como o primeiro-ministro a passar mais tempo no cargo, superando o fundador de Israel, David Ben-Gurion.
A campanha eleitoral de três meses se concentrou muito mais nas pessoas do que em temas. Netanyahu tentou retratar seu oponente como fraco e inexperiente. Gantz, por sua vez, tentou capitalizar uma série de investigações de corrupção contra o atual premiê. O procurador-geral de Israel recomendou que Netanyahu seja acusado de suborno e violação de confiança, mas ele nega qualquer irregularidade.