Durante sessão na Câmara, ele declarou ter tomado a decisão pensando no “importante papel” que deve desempenhar enquanto líder da bancada na Casa e disse que seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, não teve qualquer participação em sua decisão.
“Seria um papel muito importante a ser desempenhado, mas aqui no Brasil, acho, eu tenho um papel tão importante quanto ou mais para desempenhar”, afirmou após ter feito seu pronunciamento oficial, no plenário da Câmara. “Tenho ciência desse papel e foi aceitando conselho de amigos próximos e ouvi eleitores que estavam divididos neste tema que tomei minha decisão”.
Eduardo negou que a decisão tenha sido tomada após adquirir a função de líder do partido, posto que assumiu ontem com a destituição de delegado Waldir (PSL-GO). “Tenho a liderança até o final do ano, está tudo estável, as listas estão correndo. Não foi um fator determinante. Já estava pensando nisso a princípio.” Sobre o pai, o deputado disse que não houve qualquer interferência no processo: “O presidente sempre me deixou bem à vontade com relação a isso”.
“Confesso que quando saiu o meu nome indicado, fiquei até surpreso. Não esperava que isso fosse acontecer. Num primeiro momento fiquei feliz, óbvio, quem não se sentiria prestigiado para assumir esse posto? Porém, no decorrer do processo, o amadurecimento e as conversas me fizeram pensar e culminou hoje com essa decisão”, avaliou.
Mais tempo para projetos – Eduardo reiterou que não buscava o papel de líder, conforme dito em mais de uma ocasião desde que assumiu o posto. Disse que se manteria no cargo no próximo ano caso os colegas “pedissem por aclamação”, mas que pretende trabalhar em projetos para o qual foi eleito.
“Eu tenho que ter tempo livre para colocar adiante o que eu faria aqui: as pautas culturais, fazendo evento junto às bases, falando de desarmamento, esse feminismo deturpado, os direitos humanos que só protegem criminosos. É por isso que eu tenho que tentar reverter essa situação”, disse. O deputado assumiu a liderança após a saída de Delegado Waldir e o fim da suspensão de cinco deputados da sigla ligados ao presidente Jair Bolsonaro.
Waldir, que integra a ala de apoiadores de Luciano Bivar, presidente do PSL, foi gravado na última semana dizendo que iria “implodir o presidente”. Ele alega que Bolsonaro é uma “marionete” e que quem governa são seus filhos. Mais cedo, disse que um acordo havia sido travado com o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) para que ele e Eduardo abrissem mão da liderança na busca por um terceiro nome. Com a lista que colocou Eduardo na liderança, Waldir viu uma quebra de acordo nas tratativas de paz dentro do partido.
Fonte: UOL