Presidente Donald Trump visitou nesta terça a cidade de Corpus Christi, ao sul de Houston, uma das primeiras atingidas
A tempestade tropical Harvey se transformou nesta terça (29) na maior chuva da história dos Estados Unidos continental. A água rompeu pelo menos uma barreira contra inundação próxima a Houston, no Texas. Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, até a tarde desta terça choveu na região o equivalente a 131,7 centímetros, mais do que o esperado no ano inteiro em Houston.
Com isso, moradores de seis bairros da cidade tiveram que deixar suas casas depois que a água transbordou de um reservatório – um segundo também está ameaçado. Os reservatórios Addicks e Barker estão ligados ao rio Buffalo Bayou, que passa no centro de Houston. Na segunda (28), ambos tinham sido abertos para uma saída controlada de água, tentativa de impedir que transbordassem.
Um dique de proteção no condado de Brazoria (80 quilômetros de Houston) também foi rompido pela água. Com isso, moradores de uma comunidade na região tiveram que deixar suas casas. Não há um número oficial de desabrigados.
Há 12 anos, o rompimento dos diques de proteção em Nova Orleans foram o principal problema após o furacão Katrina atingir a cidade. Na ocasião, 1.833 pessoas morreram –40% delas afogadas– e cerca de 80% da cidade ficou debaixo de água.
O meteorologista Jeff Linder, que trabalha no serviço contra enchente do condado de Harris, onde fica Houston, dissse ao jornal “The Washington Post” que 30% da cidade já está debaixo de água. “Isto é algo que nunca vimos antes. Temos muitas incertezas de como a água vai reagir”, disse ele.
Houve ainda uma terceira ordem de retirada em Houston, na região da indústria química de Arkema, que corre risco de explosão.Com a continuação das chuvas, o número de vítimas tende a aumentar. Nesta terça, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, anunciou a morte do policial Steve Perez, 60. Ele estava a caminho de um resgate quando o carro em que estava foi atingido pela inundação na cidade, no último domingo.
Além dele e de outras sete mortes confirmadas, uma família de dois bisavós e quatro crianças está desaparecida –a van onde estavam teria sido atingida pela correnteza. Familiares disseram a agência de notícias Associated Press que não tem esperança que eles ainda estejam vivos.