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De malas prontas

2 de dezembro de 2020
em Entrevistas
Tempo de Leitura: 5 mins
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Em entrevista exclusiva para a revista Embassy, o embaixador Sayad fala das dificuldades enfrentadas pelo Líbano com o incidente no Porto de Beirute, em agosto, e com a pandemia da Covid-19. Relata a luta diária para a reconstrução daquela cidade. O diplomata realça a importância da ajuda humanitária do Brasil, da simpatia do povo brasileiro, da questão dos refugiados naquele país, do acordo com o Mercosul e fez um balanço do trabalho diplomático.

Embassy – Como esta a situação do Líbano depois da grave explosão no porto de Beirute, em 04 de agosto último? A ajuda humanitária do Brasil, mesmo pequena, foi importante?

Sem dúvida, a explosão que ocorreu em Beirute, considerada a terceira3a ou 4a na lista das maiores no mundo, foi, em todos os níveis, um desastre nacional. Ela destruiu ou danificou partes importantes da cidade, residenciais, comerciais e turísticas. Com mais de 200 vítimas fatais e 300.000 desalojados, o Líbano teve que lidar com mais uma catástrofe além de sua situação econômica deteriorada. Entretanto, o Líbano é um país de superação e seu povo já enfrentou as mais difíceis adversidades através da história, e sempre saiu vitorioso. Você precisava ter visto a incrível reação do povo libanês, correndo para as ruas, limpando os destroços e ajudando uns aos outros para reconstruir o que havia sido destruído ou danificado como se fosse uma grande família. Claro que levará tempo para que as coisas voltem à normalidade, mas como eu disse, temos a determinação necessária e o espírito de sobrevivência vive sempre no coração de nosso povo. Sobre a ajuda humanitária enviada pelo Brasil, é preciso dizer que nenhuma ajuda é pequena, não importa o que seja, e a ajuda enviada pelo Brasil não foi pequena. O auxílio não é medido em tamanho ou números, por mais que isso faça diferença. É o espírito e o carinho que o acompanham que importam. O suporte e a solidariedade demonstrados ao Líbano e ao povo libanês pelo Governo e pelo povo brasileiros foi impressionante. E isso significa muito para nós.

Embassy – O Líbano comemorou recentemente mais um aniversário de independência. O país, apesar desse incidente trágico e também da pandemia do Covid-19, tem algo a celebrar?

Comemorar e celebrar são coisas diferentes. A Data Nacional de qualquer país é uma ocasião que celebra o renascimento e a presença da nação, sua existência como membro da família internacional de nações. Entretanto, esse não é o caso quando em tempos de tragédias nacionais. Por isso, em meio a essa pandemia, quase nenhum país foi capaz de celebrar sua Data Nacional, a não ser com pequenos atos. O Líbano também deixou de celebrar nesse ano, especialmente e, vista da tragédia ocorrida no Porto de Beirute, mas comemoraremos ansiando por tempos melhores.

Embassy – A Agência da ONU para Refugiados Palestinos está passando por uma grave crise financeira e o chefe dela alertou, esta semana, que isso pode causar um “desastre” na Faixa de Gaza e ser uma “nova fonte de instabilidade” no Líbano. O governo libanês já está se preparando para lidar com a questão dos refugiados no país?

É realmente uma pena que a comunidade internacional não venha conseguindo cumprir com suas obrigações humanitárias para com os refugiados. Acreditamos que resolver esta questão é um dever de todas as nações. Não se pode fazer um povo sofrer duas vezes, primeiro ao perder tudo em suas vidas, para depois privá-las de qualquer ajuda necessária para sobreviver. No que diz respeito ao Líbano, não podemos esquecer que recebemos o maior percentual de refugiados estrangeiros e pessoas desalojadas no mundo. O Líbano recebeu cerca dois milhões de pessoas entre refugiados e desalojados, em uma nação pequena, com pouco mais de quatro milhões de cidadãos residentes. O Líbano vem lidando com a situação dos refugiados há décadas, por ser, antes de mais nada, uma questão humanitária e fazemos nosso melhor para cumprir com nossas obrigações e fazer ainda mais, mesmo diante da crise política e financeira que acomete o Líbano. A comunidade internacional precisa se mover e ajudar.

Embassy – Qual o balanço que o senhor faz da missão no Brasil, das relações diplomáticas entre os dois países? Quais as parcerias, ações e projetos conjuntos que o senhor considera mais importante?

As relações entre os nossos dois povos têm uma história de mais de 150 anos, e esse ano marca o 75º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Líbano e o Brasil. De certo modo, consideramos essa relação como algo histórico, alimentado e fortalecido pela presença do maior movimento migratório de libaneses em todo o mundo. Hoje o Brasil é a casa de cerca de 12 milhões de pessoas com ancestralidade libanesa. Essa é a riqueza de nossa relação. Por causa disso, o Brasil e o Líbano são nações irmãs que são conectadas por laços familiares. Minha missão ganhou grande importância, e um grande nível de responsabilidade, graças a isso. Por fim, estou muito satisfeito com o que conquistamos em todos esses anos, especialmente pela cooperação em vários campos que nunca haviam sido explorados. Como nos campos cultural, educacional e judicial, como no turismo, no campo parlamentar e em acordos de defesa, mas ainda mais nas negociações entre o Líbano e o Mercosul, que esperamos em breve levarão à assinatura de um acordo de livre comércio.

Embassy – O que mais marcou o senhor em relação ao Brasil?

Essa não é uma pergunta fácil de responder. O Brasil se tornou parte de mim, e me acompanhará aonde quer que eu vá. Os amigos, as relações que criei aqui ficarão para sempre comigo e sempre serão me trarão de volta. As memórias maravilhosas desse país e de seu povo de coração caloroso não podem ser esquecidas. A questão é que não se escolhe amar o Brasil e seu povo, isso vem naturalmente. E é muito difícil se despedir.

Embassy – Do que o senhor vai sentir saudades?

Eu sentirei falta do Brasil e de seu povo, dos amigos que fiz, que são muitos e estão por toda parte nesse país. Mas a amizade verdadeira jamais morre, e espero ter a sorte de poder voltar para visitar sempre que possível.

Embassy – Quais os planos do senhor para o futuro? Vai assumir nova missão em outro país?

Por ora, meus planos são descansar e passar algum tempo com minha família. Depois pensarei em minhas outras escolhas, claro.

Tags: BeiruteEmbaixadorJoseph SayahLíbano
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