Senador considera a função “delicada”
O senador de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD), comentou sobre o papel da comissão no atual cenário das relações internacionais (CRE). O político é candidato para comandar o grupo após eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidente da Casa. O senador comentou sobre presidir a comissão em um momento considerado delicado no cenário, com taxações, imigração e a relação com os Estados Unidos após as eleições de Donald Trump.
“Exercer sempre a diplomacia que é a mola-mestra das relações internacionais. O Brasil tem um DNA pacífico estampado na sua genética e vamos procurar sempre buscar o diálogo entre as partes. É logico que, qualquer relação bilateral, em que possamos ser prejudicados, terá reações. Mas a gente espera que exercendo de maneira ímpar, as questões diplomáticas para reforçar aços e buscar entendimento, chegaremos sempre a um bom acordo”, disse.
Questionado sobre a situação dos imigrantes deportados ao Brasil, algemados e acorrentados em voo, Nelsinho Trad disse que é uma situação que precisa ser revista. “Em um passado recente, não tivemos histórico [como esse]. São brasileiros, que não tem antecedentes criminais, que foram atrás de sonhos e que precisam ser respeitadas. Que se tiverem que mandarem de volta para o seu país, que seja de maneira civilizada”, afirmou.
Comissões do Senado
Conforme publicado na última semana, Nelsinho deverá presidir Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, atualmente comandado por Renan Calheiros (MDB-AL). Vale lembrar que o senador de MS já ocupou o colegiado em 2019 e 2020. Os indicados, em geral, costumam ser definidos por acordos antes das votações. As escolhas dos nomes levam em conta o tamanho das bancadas, articulações e troca de apoio para a presidência do Senado.
Do partido de Nelsinho, Otto Alencar (PSD-BA) deverá ficar com o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Com 15 senadores na Casa, o PSD teria negociado em troca de apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência do Senado. Otto seria candidato, mas abriu mão da presidência para pavimentar o caminho de Alcolumbre à cadeira do Senado.
Fonte: Midiamax