Fruto de uma parceria entre as Embaixadas da Finlândia e Suécia, a Diálogos Nórdicos, o Instituto Auschwitz para a Paz e Reconciliação, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (MPF), e a Secretaria Nacional de Proteção Global, o projeto Cidadania e Democracia desde a Escola, teve início em 2017 a partir de um processo de consulta que contou com a participação de 100 pessoas, incluindo representantes da sociedade civil, funcionários públicos, educadores e estudantes.
O evento deste ano foi um workshop para professores da rede pública sobre ações de combate às fake news, ocorrido em Brasília, na terça-feira (12). O projeto tem como objetivo criar espaços para promover o diálogo plural baseado no respeito e no reconhecimento da diversidade dentro das salas de aula do sistema público de educação brasileiro, servindo como ferramenta para prevenir o aumento do preconceito, intolerância e discriminação. Além de estimular a participação dos jovens na construção de uma sociedade mais tolerante, democrática e solidária.
O projeto deste ano avaliou mais de 10 trabalhos sobre fake news, democracia, igualdade e direitos humanos.
Como funciona
Para sua implementação, os professores participantes passam por um processo de formação e recebem um guia pedagógico que contém todas as informações necessárias para desenvolver o projeto em sala de aula.
Dividido em duas partes, em um primeiro momento, o projeto busca problematizar uma série de questões com os estudantes em sala de aula, trabalhando 5 eixos temáticos que seguem uma sequência pedagógica, sendo eles: 1. Identidade e diversidade; 2. Dignidade e respeito; 3. Direitos humanos; 4. Democracia e direito à informação; e, 5. Cidadania, cooperação e solidariedade.
O segundo momento do projeto pretende estimular a participação dos jovens mediante o desenvolvimento de projetos de pesquisas realizados em grupos. A ideia desta fase é que os estudantes possam explorar e desenvolver seus próprios interesses e inquietudes, e que realizem um vídeo final sobre um tema que posteriormente possa ser apresentado à comunidade educativa em seu conjunto, convertendo-se também em uma ferramenta de educação entre pares.
Em 2018 o projeto foi aplicado em uma fase piloto em sete escolas públicas – duas em Brasília e cinco em São Paulo – em colaboração com as Secretarias de Educação de ambos os estados. Durante 2019, o Instituto estima envolver um total de até 70 professores e coordenadores, 25 escolas, e um número ainda indeterminado de estudantes, como ponte para expandir o projeto a outros estados do país em 2020.