Decisão ocorre após representante canadense em Caracas ter sido declarado “persona non grata” no fim de semana
O Canadá anunciou nesta segunda-feira (25) a expulsão do encarregado de negócios da Venezuela e a proibição de que o embaixador venezuelano volte ao país, após o representante canadense em Caracas ter sido declarado “persona non grata” no fim de semana. A Venezuela já havia retirado seu embaixador em protesto contra sanções do governo canadense contra o governo Nicolás Maduro, impostas em setembro.
A medida contra o encarregado de negócios do Canadá, Craib Kowalik,foi “uma resposta a sua permanente, insistente e grosseira intromissão nos assuntos internos da Venezuela”, afirmou no sábado (23) a presidente da Constituinte venezuelana, Delcy Rodríguez. No mesmo dia, o embaixador brasileiro, Ruy Pereira, também foi declarado “persona non grata”, medida que equivale a uma expulsão.
Segundo a chanceler canadense, Chrystia Freeland, tais medidas são “típicas do regime Maduro, que tem consistentemente debilitado todos os esforços para restaurar a democracia e ajudar o povo venezuelano”. “Os canadenses não vão ficar olhando enquanto o governo da Venezuela rouba de seu povo seus direitos fundamentais e humanos, e nega a eles acesso a assistência básica humanitária”, disse ela em nota.
No caso do embaixador brasileiro, Rodríguez afirmou que a declaração será mantida até que “se restitua a ordem constitucional que o governo [Michel] Temer rompeu em nosso país irmão, após a destituição da presidente Dilma Rousseff”, referindo-se ao processo de impeachment em 2016.
Pereira está no Brasil; ele chegou nesta semana para passar os feriados de final de ano. Quando uma pessoa é declarada persona non grata, ela tem entre 24 e 72 horas para deixar o país. O embaixador brasileiro não poderá retornar à Venezuela enquanto se mantiver a declaração. Com informações da Folhapress.